sábado, outubro 5, 2024
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Me Too critica Silvio Almeida por usar ministério para defesa pessoal



A ong Me Too Brasil rebateu nesta sexta (6) as acusações feitas pelo Ministério dos Direitos Humanos de que as denúncias contra o ministro Silvio Almeida por suposto abuso sexual foram por conta de interesses na licitação da nova gestão do serviço Disque 100, no ano passado .

A crítica ocorreu depois que o ministro utilizou o site do ministério para se defender das denúncias reveladas pela noite de quinta (5), em que vítimas ocorreram relatadas anonimamente abusos por ele.

“É inadmissível que os canais oficiais de comunicação pública sejam utilizados para a defesa pessoal de qualquer autoridade, principalmente em situações que exijam apuração”, disse a ong em uma nota à imprensa veiculada pela GloboNews. UMA Gazeta do Povo Entrei em contato com a Me Too Brasil mais cedo e aguarda retorno.

Para ang, a nota publicada pelo ministério “desvia o foco da grave denúncia veiculada pela mídia: que o Me Too Brasil recebeu relatos de vítimas de assédio sexual praticado por autoridade de alto escalonamento do Governo Federal”.

A Me Too Brasil afirmou que divulgou denúncias com o consentimento das vítimas que foram atendidas por meio dos canais da organização e que receberam acolhimento psicológico e jurídico.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades para obter apoio institucional para a validação de suas denúncias. Diante disso, autorizei a confirmação do caso para a imprensa”, pontual.

Por outro lado, o ministro Silvio Almeida se defendeu das denúncias afirmando que são “mentiras” e “ilações absurdas” que visam prejudicá-lo no trabalho do ministério. De acordo com ele, “há uma campanha para afetar” sua imagem enquanto “homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estes não terão sucesso”.

“Isso comprova o caráter baixo e o mal de setores sociais comprometidos com o atraso, a mentira e a tentativa de silenciar a voz do povo brasileiro, independentemente de visões partidárias”, acrescentou.

Já o próprio Ministério dos Direitos Humanos afirmou que as denúncias foram uma tentativa de obstrução no processo de licitação da nova gestão do Disque 100, um serviço especializado ao atendimento de manifestação de direitos humanos.

Haveria, segundo a pasta, uma espécie de “conflito de interesses” em que um deles teria participado das negociações e que foi identificado um possível superfaturamento no processo de licitação. Isso, diz, levou a Assessoria Especial de Controle Interno revisar o contrato e reduzir o valor anual de R$ 80 milhões para R$ 56 milhões.

Ainda nesta tarde, Almeida terá uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para saber qual será o seu futuro na Esplanada. Lula disse, mais cedo, que lhe dará todo o direito de defesa, mas que “alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”.



GAZETA

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