sábado, outubro 5, 2024
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Mulher de Silvio Almeida diz que marido está sendo atacado por ser negro


A esposa do ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos), Ednéia Carvalho, atribuiu ao “racismo” as denúncias da ong Me Too contra ele por suspeita de assédio de sexual que envolveriam inclusive a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial), entre outras vítimas.

Em uma série de mensagens em uma rede social na noite desta quinta (5), Ednéia saiu em defesa de Almeida repudiando o que classifica como “ataques baseados em mentiras, ressentimento e racismo” contra ele e “sua equipe ministerial”. “Gente escrota”, enviado em uma das postagens nos Stories do Instagram (veja na íntegra mais abaixo).

“Um homem negro e uma mulher negra estão sendo acusados ​​de serem arrogantes e autoritários. É sempre assim. A branquitude (sic) não aceita a negritude com poder”, disse em outra postagem.

Ednéia Carvalho afirmou também que “a internet parece terra de ninguém mesmo”, e que o ministro “quer gente séria, comprometida e dedicada no ministério”.

“Quem saiu de lá por vagabundagem ou incompetência fica agora criando história pra explicação de seu fracasso. Porque as pessoas felizes não desprezam o seu tempo impedindo atrapalhar a vida dos outros”, disparou em outra mensagem.

Embora não diga quem são as pessoas que saíram do ministério, a fala sinaliza uma relação com a justificativa apresentada pelo ministério para as denúncias, de que seria uma tentativa de ong Me Too interferir no processo licitatório da nova gestão do Disque 100, que foi desmembrado do Ligue 180 após a criação do Ministério da Mulher.

Na época, o serviço foi coordenado por Kelly Garcez e Iany Macedo Brum. A primeira foi exonerada em março deste ano, enquanto a segunda pediu demissão no mesmo dia.

A pasta aponta que Kelly teria arquitetado um plano de denúncia anônima de assédio contra Vinícius de Lara Ribas, coordenador-geral substituto da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, que esteve envolvido no monitoramento da licitação.

“As situações acima narradas indicam que há outras situações a serem apuradas, com seriedade, para coibir abusos, asseguram a responsabilização de quem faz uso indevido da justiça e que podem envolver interesses escassos em torno dos recursos da administração pública”, pontudo.

O ministério ainda afirmou que acordos um possível superfaturamento no processo de licitação, o que levou a Assessoria Especial de Controle Interno a revisar o contrato e reduzir o valor anual de R$ 80 milhões para R$ 56 milhões. Após essa alteração, a Me Too teria tentado novamente influenciar o processo, mas sem sucesso.

UM Gazeta do Povo importa ang para comentar as afirmações do ministério e aguarda retorno.

Veja abaixo a íntegra das mensagens postadas por Ednéia Carvalho nos Stories do Instagram:

Fontes direcionadas ao site Metrópoles que os supostos casos de assédio contra Anielle Franco incluíram toque nas pernas e beijos inapropriados ao cumprimentá-la, além de expressões chulas de conteúdo sexual. Almeida negou com “absoluta veemência” e classificou os relatos como “mentiras” e “ilações absurdas” para prejudicá-lo.

Ainda de acordo com o site, Anielle Franco teria relatado a membros do governo sobre o assédio que teria sofrido de Almeida há meses. As acusações, diz a purificação, já chegaram à cúpula da Controladoria-Geral da União (CGU), ministério responsável por analisar casos de assédio moral e sexual dentro do serviço público federal.

Outra apuração, da Folha de S. Pauloaponta que o ministro evitou falar com a imprensa sobre os relatos para não transformar o episódio em um escândalo público para prejudicar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Anielle Franco ainda não se pronunciou publicamente nas redes sociais e nem oficialmente.

O Palácio do Planalto divulgou uma nota também na noite de quinta (5) confirmando a “gravidade” das denúncias, e afirmou que chamou Almeida para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. Apesar disso, a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir de ofício um procedimento de purificação.

“O Governo Federal confirma a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que envolvem possíveis violências contra as mulheres fechadas”, diz o comunicado do governo.

Na mesma noite, o próprio ministro informou que encaminhará ofício à CGU, ao Ministério da Justiça e à Procuradoria Geral da República (PGR) para que investiguem o caso.



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