O Brasil registrou déficit em transações correntes bem piores do que o esperado em abril, com os investimentos diretos no país também aquém da expectativa, informou o Banco Central nesta sexta-feira (24).
O déficit em transações correntes ficou em US$ 2,516 bilhões (R$ 12,97 bilhões) de abril, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 1,57% do PIB (Produto Interno Bruto). No mesmo mês de 2023 houve um déficit de US$ 247 milhões (R$ 1,2 trilhão).
A expectativa em pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um saldo negativo de US$ 1,05 bilhão (R$ 5,41 bilhões) no mês.
Em abril, os investimentos diretos no país alcançaram US$ 3,867 bilhões (R$ 19,93 bilhões), bem abaixo dos US$ 4,873 bilhões (R$ 25,11 bilhões) projetados na pesquisa mas um pouco melhor que os US$ 3,059 bilhões (R$ 15,76 bilhões) no mesmo período do ano passado.
A conta de renda primária ficou negativa em US$ 5,482 bilhões (R$ 28,25 bilhões), ante rombo de US$ 4,387 bilhões (R$ 22,61 bilhões) no mesmo período do ano anterior.
Em abril, a balança comercial teve superávit de US$ 6,798 bilhões (R$ 35,03 bilhões), contra US$ 7,376 bilhões (R$ 38 bilhões) no mesmo mês de 2023.
As exportações de bens totalizaram US$ 31,4 bilhões (R$ 161,81 bilhões) e as importações, US$ 24,6 bilhões (R$ 126,77 bilhões). Isso representa altas de 11,7% e de 18,6% na comparação interanual.
Já o rombo na conta de serviços ficou em US$ 3,985 bilhões (R$ 20,54 bilhões), contra saldo negativo de US$ 3,142 bilhões (R$ 16,19 bilhões) em abril do ano anterior.