O fundo soberano de US$ 1,5 trilhão (R$ 7,7 trilhões) da NoruegaNorges Bank Investment Management (NBIM), disse nesta sexta-feira (24) que votará contra a renomeação de Joseph Hooley, principal conselheiro independente da gigante petrolífera americana Exxondevido ao processo da empresa contra investidores ativistas climáticos.
O caso da Exxon contra dois pequenos grupos de investidores lançou um alerta entre ativistas e acionistas, preocupados com medidas que possam amordaçar o debate sobre o clima nas empresas de capital aberto.
“Ó Banco Norges A Gestão de Investimentos continua dando maior importância à proteção dos direitos dos acionistas e levanta preocupações em torno dos potenciais impactos do litígio contra investidores que se posicionam contra medidas da empresa”, afirmou o fundo norueguês.
O NBIM é o sexto maior acionista da Exxon, com uma participação de 1,23%.
Há uma recomendação para que os investidores votem contra Joseph Hooley na Assembleia Geral Anual da companhia no próximo dia 29, citando o que chamou de “táticas delicadas e agressivas” da Exxon ao iniciar um processo contra investidores ativistas.
Em janeiro, a Exxon processou o grupo holandês Follow This e a consultoria de investimentos americana Arjuna Capital para defender uma resolução que as projeções que a companhia fez mais para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. A Exxon persistiu com o processo mesmo depois que a dupla retirou a resolução.
A Exxon disse que os reguladores de valores mobiliários permitiram que muitas resoluções fossem votadas, custando dinheiro à empresa, e que espera que seu processo ajude a promover uma reforma nesse sentido.
Houve uma negociação de resoluções de acionistas sobre questões ambientais, sociais e de governança depois que a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) permitiu, em 2021, que mais petições ESG fossem votadas.
O Norges Bank Investment Management também vai ser reeleito por Darren Woods, devido ao seu duplo papel como presidente-executivo e presidente do conselho. O fundo norueguês acredita que, por uma questão de princípio, as duas cargas não devem ser ocupadas pela mesma pessoa.