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Tragédia no RS é o maior evento enfrentado por seguranças – 24/05/2024 – Mercado


A CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) diz que os sinistros já acionados não Rio Grande do Sul eles ocorrência das enchentes de maio somam um impacto estimado em R$ 1.673 bilhões.

O valor final, porém, ainda é incerto, já que apenas uma pequena parcela dos clientes acionou suas seguranças que, por sua vez, não avaliaram de forma adequada o custo real dessas ocorrências. Foram 23.441 sinistros reportados até esta quinta-feira (23).

“Seguramente, o valor final será muito maior. Sem dúvida, essa é a maior indenização de um único evento que o setor já aconteceu no país”, disse Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, em entrevista a jornalistas nesta sexta-feira (24) .

O executivo também pondera que ainda não é possível estimar se o impacto final será maior que o registrado na pandemia. Ao todo, foram R$ 7,5 bilhões pagos apenas em seguros de vida para as vítimas da Covid-19, sem contar os custos dos planos de saúde.

“Na pandemia, o setor específico ofereceu uma cobertura maior, pois essa cobertura [contra pandemia] não era um produto oferecido no mercado, e o seguro de vida foi substituído por essa responsabilidade. No caso das enchentes, era um produto oferecido pelo mercado. As pessoas optaram por não contratar”, disse Oliveira.

Segundo a Defesa Civil do RS, o número de mortos em decorrência das enchentes no estado era de 163 na noite de quinta (23). Ainda há 64 pessoas desaparecidas e outras 806 feridas. O órgão aponta que 21,5% dos gaúchos foram afetados pela tragédia, que afetou 95% das cidades do Rio Grande do Sul.

De acordo com a CNseg, o material de maior impacto já registrado pelos gaúchos, por enquanto, vem das polícias de automóveis. São 8.216 sinistros acionados, que somam um custo estimado em R$ 557,4 milhões.

O maior número de ocorrências informadas, porém, é em seguros residenciais e habitacionais. São 11.396 sinistros informados, com um custo potencial de R$ 239,2 milhões.

“Em automóveis é mais fácil estimar o impacto, porque o seguro total, que mais de 90% das pessoas contratam, tem cobertura para alagamentos. Em residencial, porém, a cobertura para alagamento é muito baixa”, afirma Oliveira.

Segundo a CNseg, o impacto no agronegócio deve ser menor do que as secas que a região causou nos últimos anos. Por enquanto, são 993 avisos de sinistro, com uma estimativa de impacto de R$ 47 milhões

“As secas de 2022 foram muito severas no agro, em particular no Rio Grande do Sul. Mas, esse número, certamente, será muito maior à medida que os sinistros forem efetivamente avisados ​​e as indenizações estimadas”, disse Oliveira.

Apesar dos altos valores, as garantias estão com recursos em caixa, com reservas técnicas robustas. “O sistema brasileiro está plenamente preparado. As garantias têm recursos suficientes para arcar com esse evento”, afirmou Oliveira.

Devido à tragédia, o setor prorrogou o vencimento das apólices na região e está concedendo algumas indenizações sem necessidade de averiguação, em poucos dias.



FOLHA DE SÃO PAULO

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