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Com medo do futuro, geração Z começa a comprar imóveis – 24/05/2024 – Mercado


Não é difícil encontrar notícias que afirmem que os jovens de hoje não desejam mais acumular patrimônio: o aluguel de imóveis parece a bola da vez. As construtoras e incorporadoras, no entanto, perceberam um aumento do interesse de pessoas entre os 20 e 30 anos na compra de imóveis. A geração Z começa a se tornar empresário.

De olho no público, as empresas do setor criam projetos para atrair os mais novos. A SKR, por exemplo, cita a incorporação de mais tecnologia na vida do condomínio como um fator desejado.

A localização é o maior atrativo de um imóvel para os mais jovens: a proximidade com eixos de transporte público é indispensável para a geração Z. A construção da Linha 6-Laranja do metrô pode alimentar a tendência: apelidada de linha das universidades, uma nova alternativa pode trazer mais jovens para as redondezas.

Os bairros de maior desejo na capital continuam os mesmos: Pinheiros, Jardins e Moema cativaram a nova geração. No início da carreira e dos investimentos, esses endereços não cabem nos bolsos dos 20 e poucos.

Assim, João Leonardo Castro, diretor de desenvolvimento e gestão de projetos da SKR, afirma que bairros vizinhos às grandes estrelas são alvos. “Quem sonha em morar em Moema, acaba comprando no Campo Belo ou na Vila Clementino, por exemplo.”

Um dos empreendimentos da SKR que sempre atrai esse público é o Ollie 117, em Pinheiros. O edifício tem plantas diversas, chamando a atenção dos mais novos com os estúdios de 26 a 35 m². Entre como comodidades ofertas estão o coworking, espaço fitness e terraço gourmet.

Apartamentos menores, como estúdios ou com dormitórios menores, são os mais procurados. Segundo o Plano&Plano, a geração Z representou 23% dos clientes da construtora no ano anterior.

Sair da casa dos pais e começar uma vida a dois são os principais motivos citados por jovens para comprar seus imóveis. O impulso para preferir o financiamento ao aluguel é, sobretudo, a busca pela segurança diante dos temores sobre o futuro da economia. Meio do desemprego e de um possível aumento dos preços dos aluguéis jovens fazem procurarem a construção de patrimônio – e o específico não se restringe à capital paulista.

“Sempre nos preocupamos com ‘e se’. E se alguma de nós não tivermos emprego futuramente? E se as coisas ficarem caras a ponto de não conseguirmos manter? Com ​​algo organizado teríamos a mesma preocupação. Optamos, então, por algo nosso”, disse a designer Juliana Suzete, 24, que financia um apartamento em Santa Catarina ao lado da esposa, Adriana, 28.

Juliana e Adriana são de cidades diferentes, e na hora de juntar os armários, procuraram uma localização que estava perto das famílias de ambas. Entre Florianópolis e Governador Celso Ramos, estava Biguaçu.

Para eles, é apenas o começo da trajetória. “Assim que assinamos o apartamento, disse para minha esposa que temos que pensar com ambição no crescimento. A intenção é daqui a alguns anos, quando crescermos profissionalmente, comprar outro lugar, e crescer gradativamente”. À moda da geração Z, o casal compartilha a reforma e a vida no novo nas redes sociais.

Kamila Brand, 21 anos, também procurou estabilidade quando comprou seu apartamento em São José dos Pinhais, no Paraná. “Sou jovem, e conquistar algo cedo, traz uma certa segurança. Meus pais procuram conquistar algo próprio com o dobro da minha idade.”

Ela também pretende investir em algo de maior porte no futuro, mas enquanto isso, compartilha sua jornada no Instagram.



FOLHA DE SÃO PAULO

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