sábado, outubro 5, 2024
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72% dos deputados apoiam limitações às decisões monocráticas do STF



Uma pesquisa publicada neste domingo (26) realizada pela Quaesto em parceria com a Genial Investimentos revelou que a maioria dos deputados federais brasileiros apoia a limitação dos poderes do Supremo Tribunal Federal (STF) e que esse número varia consideravelmente entre parlamentares governamentais e de oposição. O estudo analisou a percepção dos parlamentares sobre diversas questões envolvidas no STF e suas funções.

De acordo com o levantamento, 72% dos deputados entrevistados são projetados à limitação das decisões monocráticas do STF, enquanto 15% discordam, 7% não concordam nem discordam e 6% não responderam ou responderam. Essas decisões, que são tomadas individualmente por um ministro do tribunal, têm sido alvo de críticas por parte de diversos setores políticos, que argumentam que tais decisões podem concentrar poder excessivo em um único magistrado.

Entre os deputados oposicionistas, 85% concordam com a medida, enquanto entre os independentes o índice é de 80%. Entre os governantes, o número é de 56. Por outro lado, 29% dos deputados governamentais afirmaram que discordam em limitar as decisões monocráticas da Corte, enquanto entre os independentes o índice é de 9%. Entre os oposicionistas, o número é de 3%. Essa diferença destaca a polarização política em torno das ações do STF e suas implicações para o governo e a oposição.

Além da questão das decisões monocráticas, a pesquisa também avaliou a opinião dos deputados sobre o desempenho geral do STF. Os resultados mostram que 40% dos parlamentares avaliam qualidades o trabalho do Supremo, enquanto 34% o consideram positivas – levando em consideração uma margem de erro de 4,8 pontos percentuais, há um empate nestes resultados técnicos. Os outros 21% o compartilharam regularmente e 5% não souberam ou não quiseram opinar.

A avaliação do STF como positiva ou negativa também está fortemente dividida entre os campos políticos. Entre os deputados de oposição, 74% avaliam níveis o trabalho do tribunal, em contraste com apenas 9% dos deputados governamentais que unem essa visão. Entre os independentes, o índice é de 42%.

Do outro lado, entre os deputados governamentais, 69% opiniões positivas o trabalho do STF, enquanto o número é de 21% para os independentes e apenas 5% para os de oposição. Essa polarização reflete uma tensão crescente entre os poderes Judiciário e Legislativo.

Apoio à liberalização da maconha, debatido pelo STF, é maior entre deputados governamentais

Outro tema abordado na pesquisa foi a posição dos deputados em relação à liberalização da maconha, uma pauta que o STF foi debatido recentemente. Uma pesquisa revelou que 71% dos deputados são contrários à liberalização, enquanto 19% são desenvolvidos. O apoio à medida é consideravelmente maior entre os deputados governamentais (45%) do que entre os opositores (2%), número que fica em 4% para os independentes.

Na outra ponta, 93% dos deputados oposicionistas são contra a liberalização da maconha, enquanto o número é de 91% entre os independentes e de 37% entre os governantes.

Metodologia: foram realizadas 183 entrevistas com deputados federais em exercício (35% do total). A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas presenciais e online por meio da aplicação de questionários estruturados, entre os dias 9 de abril e 21 de maio de 2024. A margem de erro é estimada em 4,8 pontos percentuais. O número de deputados entrevistados foi definido segundo a divisão da Câmara dos Deputados por região e o grupo ideológico dos partidos com base no projeto Pesquisa Legislativa Brasileira.

Por que a Gazeta do Povo publica pesquisas

A Gazeta do Povo Publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população.
Métodos de entrevistas, composição e número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar no resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, descobertas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas.

Pesquisas publicadas nas últimas eleições, por exemplo, apontaram discrepâncias relevantes em relação ao resultado apresentado na urna. Feitos esses apontamentos, a Gazeta do Povo considero que as pesquisas, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influência, decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.



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