Na sua primeira entrevista após assumir a presidência da PetrobrásMagda Chambriard, indicou um reforço na estratégia de busca de novas reservas de petróleo, questionada por organizações ambientalistas em meio à crise climática.
“Temos que tomar muito cuidado com a ordem das reservas, a menos que a gente queira aceitar o fato de que podemos voltar a ser importadores, o que para mim está fora de cogitação”, afirmou. “O esforço exploratório dessa empresa tem que ser interrompido, tem que ser acelerado.”
Magda tomou posse na última sexta-feira (24). Em sua fala inicial, citou a necessidade de continuar a transição energética, mas focou em destacar o papel das novas fronteiras, como a bacia da Foz do Amazonas, no futuro próximo da companhia.
“Temos novas fronteiras importantes a perseguir, dentre elas a questão do Amapá, na bacia Foz do Amazonas, temos a bacia de Pelotas.”
Magda foi indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para substituir João Paulo Pratesdemitido na semana passada após longo processo de fritura, que ganhou força após sua abstenção na votação sobre dividendos extraordinários sobre o lucro de 2023.
Prates não acompanhou a proposta do governo para reter os dividendos, alegando que primeiro defenderia a proposta feita por sua diretoria para a distribuição de 50% do valor. Foi criticado publicamente pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobreviveu por algumas semanas, mas acabou demitido.
Magda havia sido cotada para presidir um estado ainda durante uma transição, mas acabou perdendo a vaga. Agora, chega à Petrobras com a missão de dar agilidade às entregas do plano bilionário de investimentos da estatal e mostrar resultados antes da eleição presidencial de 2026.
A lista de projetos prioritários para o governo inclui recompra de refinarias, encomendas a estaleiros nacionais, e apoio à criação de polo gás-químico em Minas Geraisbase eleitoral do ministro Silveira.
O novo presidente da estatal é ex-funcionário da Petrobras e comandou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) no governo Dilma Rousseff (PT). É formada em engenharia, com especialização e reservatórios e produção de petróleo.