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EUA têm déficit agrícola recorde, e Brasil é um dos responsáveis ​​- 29/05/2024 – Vaivém


Os Estados Unidos vão ter um déficit de US$ 32 bilhões no saldo das exportações e importações de produtos agropecuários neste ano fiscal. É o maior valor financeiro desde 1935, início desta série de dados.

Os americanos vão exportar o correspondente a US$ 170,5 bilhões no ano fiscal de 2024, com redução de 5% em relação ao ano anterior. As importações devem atingir o recorde de US$ 202,5 ​​bilhões, 4% a mais.

Os dados são estimativas e foram divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

O Brasil é responsável por parte desse déficit. Os americanos estão importando mais dos brasileiros e exportando menos para o país.

Esses dados da relação comercial entre os dois países, no entanto, são pequenos, em comparação com os mercados onde o Brasil avançou, forçando uma queda da presença dos Estados Unidos.

O principal é a Ásia. Após ter obtido receitas de US$ 75,4 bilhões no ano fiscal de 2023, o resultado deste ano recuou para US$ 68,4 bilhões para os americanos. A queda ocorre devido à participação maior do Brasil nas exportações de soja para a Chinae à presença crescente de brasileiros nas vendas de milho e de carnes para esse país asiático nos anos recentes.

Os chineses vão gastar US$ 27,7 bilhões neste ano nos Estados Unidos com compras no setor agropecuário, conforme estimativas do Usda. Se confirmado, esse valor será 18% inferior ao do ano passado.

Japão, Hong Kong, Taiwan, Coreia do Sul, Indonésia e Tailândia também vão comprar menos dos americanos. Já o Brasil avança nesses mercados.

Os Estados Unidos ganham mercado na América do Norte e na do Sul, mas perdem nas demais regiões. As reduções são no Oriente Médio maiores e na África.

Uma das vantagens dos americanos sobre o Brasil são as exportações de arroz. Enquanto o Brasil busca mercado para importar o cereal, os Estados Unidos devem subir 22% nas vendas externas do cereal. Certamente esse produto, de boa qualidade e um dos mais caros no mercado mundial, não estará na lista dos leilões de compras do governo brasileiro.

As receitas dos americanos com soja vão cair 25% neste ano, e as com milho, 5%. A queda é acentuada não apenas pelo volume menor exportado, mas também pelos preços em queda das commodities. Nas estimativas do Usda, porém, os americanos voltarão a liderar as exportações mundiais de milhoperdida para os brasileiros em 2023. Os Estados Unidos vão colocar 54 milhões de toneladas de cereais no mercado internacional.

As agropecuárias agora vão superar os US$ 200 bilhões, um valor nunca alcançado antes. Os americanos vão gastar mais com a compra de carnes, produtos lácteos, sucos e frutas, além de pagar mais por cacau, açúcar e café.


Arroz A saca do cereal, que começou a semana em R$ 122, com tendência de alta, está terminando a semana em queda. Nesta quarta-feira (29), foi negociado a R$ 120 no Rio Grande do Sul, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Segurança alimentarA Andifes, representante das universidades federais, fez um mapeamento de dados com o objetivo de identificar os projetos científicos e tecnológicos, em andamento nas instituições, diretrizes para combater a fome com sustentabilidade, em meio às mudanças climáticas que colocam em xeque a segurança alimentar .

Segurança Alimentar 2 A entidade já anunciou 150 projetos contínuos pelas universidades federais, com foco no fortalecimento da agricultura familiar. Alguns projetos oferecem técnicas para aumentar a produtividade agrícola e apoiar a comercialização da produção dos pequenos agricultores.

Segurança Alimentar 3 Os projetos são um encontro local no campo entre agricultores cuidadosos de recursos, extensionistas, professores, pesquisadores e jovens estudantes.

Menos água A Scala, produtora de queijo, prejudicou em 17% o consumo de água por tonelada produzida nos últimos três anos. Em volume, são 3.000 litros a menos de água por tonelada, segundo a empresa.


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FOLHA DE SÃO PAULO

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