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Acidente na Foz do Amazonas afetaia Amapá e países – 06/02/2024 – Mônica Bergamo


Uma expedição científica atualizada pelo Greenpeace Brasil A garantia de que um eventual derramamento de óleo na Foz do Amazonas teria o potencial de contaminar centenas de quilômetros mar afora, podendo atingir as costas do Amapá, da Guiana Francesa, do Suriname e da Guiana.

O estudo, ainda inédito, foi prorrogado pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa) a bordo do Veleiro Testemunha, que pertence ao Greenpeace Brasil. O principal objetivo da empreitada foi mapear as correntes marítimas da região.

A exploração do petróleo na margem equatorial é almejada pela Petrobrás e defendida há anos pela nova presidente do estado, Magda Chambriard. O setor petroleiro sustenta que a atividade é fundamental para manter a produção brasileira de petróleo após o esgotamento do pré-sal.

A iniciativa, por outro lado, enfrentou a área ambiental do governo, que já negou licenças para a perfuração de poços no Amapá e no Maranhão.

Para analisar o impacto de um eventual derramamento caso a exploração se confirme, os pesquisadores do Iepa lançaram ao mar sete derivadores —ou boias de deriva—, equipamentos oceanográficos que transmitem sua geolocalização em tempo real e captam informações do ambiente.

Por meio dos objetos, foi possível simular os caminhos de um possível vazamento de óleo na bacia. Cinco dos sete derivadores atravessaram águas internacionais, alcançando os três países vizinhos, e um deles chegou a percorrer mais de 1.500 quilômetros, segundo o estudo.

“A bacia da Foz do Amazonas tem correntes marítimas e costeiras muito fortes, cujas dinâmicas são pouco conhecidas, com um grande carregamento de água do mar para os oceanos. Nessas condições, o que sabemos é que um vazamento de óleo na região causaria uma grande dispersão difícil de ser contida”, afirma o coordenador da frente de Oceanos do Greenpeace Brasil, Marcelo Laterman.

“Estes resultados reafirmam alertas anteriores feitos por diversos especialistas sobre os potenciais impactos da exploração petrolífera à vida marinha e em paisagens marítimas na Margem Equatorial”, completa ele. Os dados do estudo foram coletados entre os meses de março e abril deste ano.

A licença para a perfuração foi negado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) há mais de um ano, dando início a um debate público entre as áreas energética e ambiental do governoque gostaria de uma avaliação mais ampla de eventuais impactos da atividade petrolífera na região considerada ambientalmente sensível.

Ocupando uma área de cerca de 350 mil km2, equivalente ao estado de Goiás, a bacia se estende entre a baía de Marajó, no Pará, e na fronteira com a Guiana Francesa. Ela teve seu primeiro poço petrolífero perfurado em 1970, sem a descoberta de petróleo.

Dos 95 poços perfurados na região, 31 foram abandonados por dificuldades operacionais, como mostrado a Folha. Na última tentativa, em 2011, a Petrobras suspendeu a perfuração devido a fortes correntes.

Apesar dos sucessivos fracassos, a bacia da foz do Amazonas voltou ao radar depois de descobertas gigantes de petróleo na Guiana e no Suriname, o que se tornou mais promissora a margem equatorial brasileira —conjunto de cinco bacias sedimentares que se estende por 2.200 km, do Rio Grande do Norte ao Amapá.


TELINHA

Uma atriz Adriana Esteves foi fotografada durante um ensaio como Mércia, sua personagem em “Mania de você“, próxima novela das nove da TV Globo. Essa será a terceira vez em que o artista reeditará sua parceria com João Emanuel Carneiro, autor da obra. O folhetim tem estreia prevista para o segundo semestre deste ano.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH


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FOLHA DE SÃO PAULO

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