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Como ganhar dinheiro na internet na venda por link próprio – 06/03/2024 – Mercado


Páginas que usam memes para divulgar promoções são cada vez mais comuns em redes sociais, como WhatsappX, antigo TwitterInstagram e Telegrama. Esses perfis selecionam produtos com desconto em lojas virtuais e coletam milhares de seguidores que estão à procura de uma pechincha.

O aumento da popularidade das páginas segue o bom momento do varejo e do comércio online. Em marçoo setor varejista apresentou estabilidade, após crescer em janeiro e fevereiro.

Segundo analistas, o mercado de trabalho aquecidotrégua da inflação e redução da taxa básica de juros (Selic), apresentados em 10,50% ao ano, são alguns dos motivos apontados para o específicos.

Sem comércio eletrônico, Ela dentro e Shopee faturaram juntas mais de R$ 35 bilhões em 2023, segundo cálculo do banco de investimento BTG Pactual. A instituição estima que o Revista Luiza teve uma receita brutal com vendas online de R$ 45,6 bilhões no mesmo ano.

Os perfis de ofertas podem ser comparados aos vendedores tradicionais por vendas diretas, com suas revistas de produtos específicos, mas vendem de tudo. Em vez de bater de porta em porta como habitual aos afiliados, as páginas participam de programas de lojas que são voltados para o comércio online.

Eles, então, divulgam ofertas por meio de links e, para cada item comprado pelos clientes, recebem uma comissão. Lojas como AmazonasMercado Livre, Magalu, Shopee, Polonêsentre outras, têm programas virtuais para vendedores.

Páginas como Xet das Promoções, Urubu das Promoções e Promo Out of Context reúnem mais de 700 mil seguidores. As páginas não são focadas em um segmento específico de produtos, adotam um tom brincalhão e são afiliadas de diversos varejistas.

Qualquer pessoa pode divulgar os produtos das lojas e ganhar comissões. Para isso, basta se inscrever nos programas de afiliados das varejistas, que são gratuitos. Programa de Associados da Amazônia, Programa de Afiliados do Mercado Livre, Influenciador Magalu, Shopee Afiliados, Minha Loja Polishop são alguns exemplos.

Os programas são destinados a quem busca uma fonte principal de renda ou um complemento. “O empreendedor pode se dedicar a uma marca só ou a várias e em tempo integral ou não. Ele define como vai trabalhar e vender”, diz Adriana Colloca, presidente da Abevd (Associação Brasileira de Vendas Diretas).

“Alguns têm suas próprias redes, e até outros vendedores trabalhando para eles, outros usam o trabalho como complemento”, afirma ela.

Um estudo do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) mencionado que, no primeiro trimestre de 2024, 16% do volume de vendas do comércio no Brasil foi feito por sites, aplicativos e e-mails.

No geral, os programas de revenda na internet utilizam links parametrizados, isto é, URLs (termo técnico para o endereço de um site) personalizados, que permitem determinar a origem e o objetivo de um determinado cliente.

Com a ferramenta, a plataforma e o vendedor são capazes de descobrir se um cliente comprou um produto a partir de um link específico. Se um vendedor divulgar uma URL parametrizada com uma oferta de algum produto e alguém comprar esse produto, ele ganhará comissões.

Para criar um link personalizado, basta se atentar ao tutorial disponibilizado pelas plataformas. As URLs próprias são criadas pelos próprios vendidos nas plataformas, seja em formato integral ou encurtado.

As comissões variam de loja para loja e de produto para produto, mas podem chegar a 16% nas varejistas consultadas pela Folha.

No geral, os programas de afiliados têm suas particularidades, com alguns focos em nichos profissionais específicos, mas não há muitas restrições que impeçam alguém de revender. Portanto, qualquer pessoa pode participar.

Por exemplo, a Amazon tem um programa direcionado para “criadores de conteúdo, editores e blogueiros”. Assim, ao se cadastrar, o revendedor terá que comunicar o site, aplicativo ou perfis de redes sociais (Facebook, Instagram, X, YouTube e Twitch) em que pretende divulgar as ofertas.

É proibido divulgar conteúdos inapropriados nas plataformas cadastradas. Conteúdos sexuais ou notícias falsas, disseminação de ódio e práticas de atividades ilegais são alguns dos fatores considerados inadequados pela Amazônia, ou seja, podem ser motivos de recusa.

O Influenciador Magalu, é mais abrangente e se destina a “autônomos que querem uma renda extra ou a lojistas que querem comercializar seus produtos na plataforma”, diz o site do programa. Qualquer pessoa com mais de 18 anos, que possua uma conta corrente ou poupança e o número do PIS/Pasep pode se cadastrar no programa — funcionários do varejo estão impedidos.

Após registrar nossos programas e ser aceito, será possível revender os produtos das lojas.

Para quem tem interesse em começar a revender, Adriana Colloca, da Abevd, recomenda ter camadas com um nicho de produtos. “Depende da estratégia do empreendedor. Ele vai ter que falar e vender, então o que a gente sempre aconselha é que ele goste do produto. Mas também tem aqueles perfis que vendem ou que estão com desconto ou vendem mais”.

É possível anunciar no perfil pessoal ou é necessária uma página comercial?

Não existem restrições a perfis pessoais em programas de revendedores. Desde que respeitem as regras das plataformas, uma pessoa pode utilizar sua rede específica para divulgar produtos.

Não é necessário entrar em contato com as empresas para vender. Para se tornar um revendedor, basta acessar a página do programa de afiliados da loja e seguir o passo a passo para se cadastrar.

É necessário observar os requisitos para que o cadastro seja aceito. Após ter a inscrição aprovada, será possível divulgar produtos e ganhar comissões.

Posso anunciar vários produtos ao mesmo tempo num único link?

No geral, sim, é possível divulgar mais de um produto por vez nas plataformas. No Magalu, basta selecionar os códigos dos produtos e colá-los na área de pesquisa.

Na Amazônia, o processo é um pouco mais complexo. É preciso identificar o código dos itens e separá-los por uma barra vertical (|) na busca da loja.

Links com mais de um produto também podem ser compartilhados pelas próprias lojas com os revendedores, em ofertas que abrangem uma categoria de produtos, por exemplo. Nesses casos, vale se atentar se as promoções são, de fato, atrativas ou não antes de serem divulgadas ao público.



FOLHA DE SÃO PAULO

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