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Companhias aéreas prevêem 5 bilhões de passageiros em 2024 – 06/03/2024 – Mercado


As companhias aéreas esperam transportar quase 5 bilhões de passageiros em todo o mundo neste ano, superando o recorde de 2019, antes da pandemia, anunciou nesta segunda-feira (3) a Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo).

A entidade, reunida em assembleia geral em Dubai, também prevê que as empresas gerarão um lucro mundial de US$ 30,5 bilhões em 2024 e uma receita sem precedentes de US$ 996 bilhões.

Esses resultados representam “um grande sucesso dado às graves perdas recentes devido à pandemia”, disse o diretor-geral da Iata, Willie Walsh, diante dos delegados de sua organização, que reúne 320 companhias aéreas que representam 83% do tráfego mundial.

Os 4,96 bilhões de passageiros previstos neste ano superariam o recorde de 4,54 bilhões de 2019.

A crise sanitária provocou enormes prejuízos no setor de transporte aéreo, estimados pela Iata em US$ 183 bilhões entre 2020 e 2022.

“A recuperação pós-covid tem sido notável”, indicou à AFP Vik Krishnan, especialista do setor aéreo da consultora McKinsey.

No entanto, existem “contrastes entre as diferentes regiões”, expõe: “as linhas domésticas nos Estados Unidos funcionam muito bem, como na China”, o que não é o caso na França e na Alemanha.

A Iata estima que em 2023 as companhias aéreas obtiveram um lucro de US$ 27,4 bilhões de dólares.

Custo em aumento

Willie Walsh anunciou uma rentabilidade relativamente baixa para seu setor, de 3% para 2024. “Com apenas US$ 6,14 por passageiro, nossos lucros não são tão altos, mal dão para um café em certas partes do mundo”, disse.

Os custos das companhias aéreas vão bater um recorde neste ano, ascendendo a US$ 936 bilhões, segundo a Iata.

Uma das causas principais é a fatura do combustível, estimada em US$ 291 bilhões, equivalente a 31% dos custos operacionais, com base em um barril de querosene a US$ 113,8.

“É muito importante que consigamos manter uma rentabilidade e confiança. Isso permitirá às companhias investir plenamente nos produtos desejados pelos nossos clientes, e nos meios para obter a neutralidade de carbono em 2050”, acrescentou o diretor geral.

O transporte aéreo emite atualmente menos de 3% do gás carbônico mundial, mas é apontado como um problema, visto que apenas uma parte minoritária da população mundial utiliza esse modo de deslocamento.

Para alcançar a neutralidade de carbono em 2050, a Iata aposta no uso de combustíveis de aviação sustentáveis ​​(SAF, do inglês “sustainable Aviation Fuels”) em 65%, uma otimização das operações aéreas e terrestres e iniciativas de compensação de carbono.

No entanto, apesar da triplicação da produção de SAF esperada neste ano em comparação com 2023, estas representarão apenas 0,53% do consumo mundial de combustível do setor de transporte aéreo comercial, indica a Iata.



FOLHA DE SÃO PAULO

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