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Indústria do Brasil perde força com enchentes no RS – 06/03/2024 – Mercado


A indústria brasileira perdeu força em maio diante do impacto sobre a produção das enchentes No Rio Grande do Sul, o fechamento de empresas e de uma demanda menor, mas ainda encontrado em território de expansão pelo quinto mês seguido, indicado o PMI (Índice de Gerentes de Compras) nesta segunda-feira (3).

Em maio, o PMI da indústria brasileira, elaborado pela S&P Global, caiu para 52,1, de 55,9 em abril, permanecendo acima da marca que separa crescimento de contração. De acordo com a nota da pesquisa, os dados de maio excluem as respostas dos entrevistados do Rio Grande do Sul.

“O PMI ficaria aproximadamente dois pontos mais baixos quando ajustado para as prováveis ​​respostas negativas das empresas sediadas em regiões diretamente impactadas pelas enchentes e, portanto, incapazes de responder à pesquisa”, apontou a nota.

Houve um leve enfraquecimento na confiança empresarial em meio às preocupações das empresas com o impacto sobre a economia das enchentes no Rio Grande do Sul, a distribuição de insumos, encomendas de clientes e o setor fiscal.

“Os resultados do PMI demonstraram alguma resiliência da indústria brasileira, quando se excluíram respostas de empresas impactadas diretamente pelas enchentes catastróficas no Rio Grande do Sul”, avaliou a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima.

“Com as enchentes destruindo casas, lojas, fazendas, aeroportos, estradas, pontes e mais, as indústrias tiveram dificuldades para receber insumos comprados e estavam preocupadas com o impacto na economia, encomendas de clientes e o orçamento fiscal”, completou.

As novas encomendas aumentaram em maio, o que as empresas atribuíram a publicidade e o lançamento de novos produtos. Mas a taxa de crescimento foi a mais fracassada na sequência de cinco meses de ganhos devido à tragédia no estado gaúcho e ao fechamento de empresas.

As vendas internacionais aumentaram pelo segundo mês seguido em meio aos ganhos do Canadá, França, Alemanha, Japão, América do Sul e Reino Unido. O ritmo, no entanto, enfraqueceu na relação ao que foi registado em abril, devido à quebra de demanda da África, Argentina, China e Estados Unidos.

Diante desse cenário, a produção nas fábricas brasileiras ficou amplamente estagnada em maio, mas a criação de vagas de trabalho acelerou para o ritmo mais forte em quase três anos graças às expectativas de que a demanda e a produção vão se recuperar no médio prazo.

Em relação à inflação, as pressões de custos atingiram máximas desde agosto de 2022, com os entrevistados citando preços mais altos de commodities, fraqueza cambial e alta dos fretes.

De acordo com a pesquisa, embora algumas empresas tenham repassado os custos para seus clientes elevando os preços de venda, outras evitariam fazer isso em maio às pressões competitivas.



FOLHA DE SÃO PAULO

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