O governador goiano Ronaldo Caiado (União-GO) reforçou nesta segunda (3) a intenção de se candidatar à presidência da República nas eleições de 2026. Ele, no entanto, afirmou que precisa se tornar conhecido no restante do país e que precisa fazer isso desde já.
“Eu moro em um estado de quatro milhões de participantes. Se eu não andar, ninguém vai me ajudar. Eu sou o que mais tenho que caminhar. As pessoas precisam que eu conheça”, disse em um evento.
Caiado já disputou a presidência em 1989, no início da carreira. Desde o começo do ano ele vem se colocando como pré-candidato à sucessão presidencial pela direita, mas disputa a preferência com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), apontado como os herdeiros do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) .
No mesmo evento em que reforçou a intenção de disputar a eleição de 2026, Caiado falou das dificuldades na relação entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Congresso. Sem citar nominalmente o petista, o goiano afirmou que, se eleito, não cederá a pressão.
“Você precisa saber o que você é. E o que você representa. Se não estou no presidencialismo, sentado na cadeira do presidente, o governante sou eu. É preciso enquadrar cada um. Mas para isso é preciso autonomia moral. No meu terreno, não avanço nenhum centímetro. Um governante que vive de ameaça não é governante. Você é presidente ou é preposto”, questionou.
Em abril, Caiado já havia confirmado a disposição para disputar a sucessão presidencial pelo União Brasil, ressaltando a importância de debater temas como a segurança pública – “que vai pautar as eleições… Eu quero me colocar pelo partido, para poder, amanhã, ter oportunidade desse debate”, completou.
Pesquisa da Quaest divulgada na época revelou Caiado como o governador mais bem posicionado dentro de seu próprio estado entre aqueles cogitados para herdar o apoio de Bolsonaro. Foi aprovado por 86% dos eleitores goianos, e reprovado por 12% (margem de erro de 2,9 pontos, para mais ou para menos).