segunda-feira, setembro 23, 2024
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Defesa de família indicada pede acesso ao vídeo de Moraes em Roma



A defesa da família Mantovani voltou a pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (4), acesso às imagens de câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, que mostram a confusão envolvendo o ministro Alexandre de Moraes , em julho de 2023.

O empresário Roberto Mantovani Filho, a esposa dele, Andreia Munarão, e o gênero do casal, Alex Zanatta Bignotto, foram indiciados pela Polícia Federal nesta segunda (4) por suposta calúnia contra o magistrado. As imagens do caso seguem em sigilo.

No ano passado, Moraes relatou que teria sido chamado de “bandido”, “comunista” e “comprado” pelos três brasileiros enquanto estava no aeroporto. Segundo a representação enviada pelo ministro à PF, seu filho, Alexandre Barci de Moraes, teria tomado uma tapa de Mantovani.

O advogado Ralph Tórtima, que representa o trio, pediu que fosse realizada uma perícia nas gravações para analisar o momento em que o filho do ministro, Alexandre Barci de Moraes, “se direcionasse aos investigados”.

“Solicite-se a elaboração de perícia nas imagens extraídas do Aeroporto Internacional de Roma, para que sejam apontados os momentos em que cada um dos investigados será próximo ao Ministro Alexandre de Moraes”, diz a petição.

“Também, que essa perícia se atenta aos momentos em que seu filho Alexandre Barci de Moraes se direciona aos investigados, esclarecendo, inclusive, se ele realiza gesticulações experimentais ou mesmo se realiza algum ato de agressão, principalmente em relação ao investigado Roberto Mantovani Filho” , acrescentou a defesa no documento.

O advogado solicita ainda o acesso a eventuais mensagens e mensagens identificadas no celular do empresário.

Novo delegado defende indiciamento da família

Em fevereiro, a PF havia concluído a investigação sem indiciar ninguém. Após analisar o relatório, o ministro Dias Toffoli entregou o inquérito e ordenou que a PF investigasse as investigações sobre a confusão. Ele atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A purificação foi redistribuída a um novo delegado, Thiago Severo de Rezende, que discordou da posição anterior da corporação, defendida pelo delegado Hiroshi de Araújo Sakaki.

Rezende desde então que “mesmo que não se tenha o áudio relativo às imagens obtidas, todas as situações que envolvem o fato vão de encontro com a versão apresentada pelos agressores”.

No novo relatório, ele indiciou a família por suposto crime de calúnia contra Moares. Agora, cabe à PGR analisar o documento e decidir se dá continuidade ou arquiva o caso.

Defesa diz que delegado fez “ilações” pessoais em relatório

Tórtima destacou que Rezende não apresentou novas provas e “elaborou novo relatório absolutamente contraditório” ao apresentado pela PF em fevereiro.

Para a defesa, o atual responsável pelo caso “surpreendeu e extrapolou em muito os limites do trabalho investigatório, fazendo ilações, assertivas absolutamente subjetivas e resultando, unicamente, da sua interpretação pessoal de imagens que nem sequer possui áudio!”.

O advogado afirmou que “você tem uma seleção tendenciosa de algumas poucas imagens, para se chegar a uma conclusão já de antemão pretendida e que, na visão dos investigados, é absolutamente inconcebível diante da dinâmica real dos fatos”.

“Curiosamente, na representação inicial formulada pelo ilustrador Ministro [Alexandre de Moraes], que ocupa a condição de vítima, somente são atribuídas ofensas objetivas por parte da pessoa de Andréa Munarão. A Roberto e Alex não é atribuída qualquer menção objetiva de ofensa!”, argumentou a defesa.



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