O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou, no final da manhã desta terça (4), o crescimento de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE ).
O resultado positivo foi puxado principalmente pelo comércio varejista e de serviços pessoais mais voltado ao consumo das famílias, o que foi apontado por Lula como uma “prova” de que o Brasil não está “rumo certo”.
“O PIB avançou no primeiro trimestre desse ano puxado por maior consumo das famílias e serviços. E outra boa notícia é que, segundo a previsão do FMI, o Brasil subirá mais uma posição chegando a 8º PIB mundial. Mais uma prova de que não estamos rumo certo”, disse o presidente pelas redes sociais.
De acordo com o IBGE, do lado da demanda, as maiores expansões foram registradas nas estrangeiras (+6,5%), na formação bruta de capital fixo (+4,1%), que é como os economistas chamam o investimento produtivo, e nenhum consumo das famílias (+1,5%).
No comparativo com o mesmo período do ano passado, a atividade econômica entre janeiro e março aumentou 2,5%, mesmo com a redução na safra agrícola. E nos 12 meses encerrados em março, o PIB teve uma expansão de 2,5% em relação ao período anterior.
Além de Lula, o governo também comemorou o resultado positivo do PIB no primeiro trimestre. A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda destacou o desempenho das atividades cíclicas, como a indústria de transformação, o comércio e outras atividades de serviços, bem como o maior ritmo de expansão da absorção doméstica, com destaque para o consumo das famílias e investimento .
Essas atividades foram apontadas como vetores propulsores da atividade econômica no primeiro trimestre de 2024, impulsionados pelo avanço na massa de rendimento e pelas concessões de crédito.
Apesar da recuperação da atividade econômica nos três primeiros meses do ano, o governo projeta uma desaceleração no ritmo de crescimento no próximo trimestre devido à calamidade no Rio Grande do Sul. A expectativa é que atividades como agropecuária e indústria de transformação sejam especialmente afetadas, devido à importância desses setores na economia gaúcha.
Além disso, os transportes e outros tipos de serviços também deverão ser afetados pela tragédia, refletindo a piora da mobilidade e as restrições à falta de serviços pessoais, de alojamento e de alimentação. Medidas de auxílio fiscal e de crédito são esperadas para ajudar a mitigar os efeitos negativos.