domingo, outubro 6, 2024
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Alckmin defende a “taxa das blusinhas”, mas evita associá-la a produtos chineses



O vice-presidente Geraldo Alckmin defendeu nesta quarta (5) a taxação das compras estrangeiras online de até US$ 50 que deve ser votada pelo Senado à tarde, e que vem gerando debates – e desgastes – entre governo e parlamentares da base e da oposição .

A chamada “taxa das blusinhas” atinge principalmente as mercadorias compradas de varejistas chineses, país onde Alckmin está em missão oficial do governo, mas que evitou comentar um impacto possível.

“Não é um valor muito alto e ajuda a preservar o emprego, preservar o desenvolvimento das empresas. […] Foi um entendimento inteligente”, disse comparando a tributação ao PIS/Cofins.

A declaração foi dada após uma visita a uma rede chinesa de cafeterias, que deve fechar um memorando de entendimento para a compra de 120 mil toneladas de cafés brasileiros.

A defesa da taxação das “blusinhas” em plena China ocorre em meio a críticas de um dos principais varejistas do país ao tributo, a Shein, que publicou uma nota na semana passada considerando o imposto como um “retrocesso”.

“Com o fim da autorizado, a carga tributária que recairá sob o consumidor final, pagará a ser de 44,5%, ou que com a autorizada se mantinha em torno de 20,82% devido à cobrança do ICMS, no valor de 17 %. Ou seja, um vestido que o consumidor da SHEIN comprou no site por R$ 81,99 (com ICMS de 17% incluído), agora custará mais de 98 reais com a nova carga tributária, formada pelo imposto de importação de 20% mais o ICMS de 17%”, disse a Shein em nota à Gazeta do Povo afirmando que tenta dialogar com o governo.

A votação da tributação foi para ter ocorrido na terça (4), mas foi retirada pelo relator Rodrigo Cunha (Podemos-AL) e gerou um grande impasse entre deputados e o governo, que fecharam um acordo na semana passada pela tributação.

Cunha retirou o trecho – um “jabuti” – do projeto de lei do Mover sem comunicar ao governista de base e ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que costurou o acordo diretamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ( PT). Ele ameaçou o cancelamento do programa de mobilidade inteiro se a tributação não for votada.



GAZETA

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