segunda-feira, outubro 7, 2024
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Stedile dispara contra Lula por simplificar o licenciamento da silvicultura


Lula e Stédile
Aliado histórico do presidente criticou sanção de projeto que simplifica o licenciamento para florestas de pinus e eucalipto.| Foto: Lula Marques/Agência PT / arquivo

O aliado histórico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), João Pedro Stedile, criticou o petista nesta quarta (5) dias depois de sancionar a lei aprovada pelo Congresso Nacional que exclui a silvicultura do papel de atividades ambientais poluidoras e usuárias de recursos ambientais.

A mudança na lei da Política Nacional do Meio Ambiente simplifica o licenciamento ambiental para o plantio de florestas parafinas comerciais, como a produção de pinus e eucaliptos. A alteração com o aval do presidente, no entanto, não agradou ao líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Stedile atualmente a sanção de Lula como um “desastre”, afirmando que a silvicultura gera um “uso excessivo de água e rebaixamento do lençol freático, uso de agrotóxicos e perda de biodiversidade”.

“A taxa cobrada e o licenciamento ambiental garantem uma fiscalização maior do Ibama para amenizar e adequar os projetos. Mas quem se importa com isso, se os empresários disseram que tem R$ 75 bilhões na caixa para investir em novos projetos? O Pantanal e a Mata Atlântica pagarão caro”, disse o líder do MST aliado de Lula.

A colocação de Stedile, no entanto, é rebatida pelo ministro Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária. De acordo com ele, a retirada da silvicultura da lista de atividades ambientais poluidoras demonstra que o governo “está comprometido com o desenvolvimento econômico e social do país, sempre em harmonia com a preservação do meio ambiente”.

A massa aponta que o Brasil é o maior produtor e exportador mundial de celulose, sendo o terceiro produto agrícola mais exportado do país, o que “evidencia a relevância internacional da produção florestal”. A meta é chegar a 4 milhões de hectares de árvores cultivadas até 2030.

“Além de reduzir custos operacionais associados às obrigações de conformidade, a exclusão da silvicultura dessa lista simplifica o processo de licenciamento. O objetivo principal é incentivar o reflorestamento, aumentar os investimentos no setor florestal e promover a produção florestal sustentável”, completou Fávaro.



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