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Dólar e volta aos R$ 5,29 após dados fortes de emprego nos EUA – 07/06/2024 – Mercado


Após uma sessão de intervalo na véspera, o dólar voltou a operar em alta sexta-feira (7), nesta aceleração após a divulgação de dados de empregos mais fortes que o esperado nos Estados Unidos.

O relatório de emprego americano, conhecido como “payroll”, mostrou que foram criadas 272 mil novas vagas de trabalho nos EUA em maio, bastante acima das expectativas de 180 mil postos de economistas consultados pela Bloomberg. A taxa de desemprego, por outro lado, subiu ligeiramente, de 3,9% para 4%.

Os novos dados vêm na contramão de números secundários divulgados nesta semana que mostraram desaceleração da economia americana, dando otimismo momentâneo aos investidores.

Com a folha de pagamento desta sexta, a tendência é de um dia negativo para os mercados globais, já que o relatório mostra que o mercado de trabalho dos EUA segue aquecido e pode influenciar na decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) de se manter os juros mais altos por mais tempo no país.

Às 9h45, o dólar subia 0,80%, cotado a R$ 5,292.

Embora o mercado de trabalho americano tenha desacelerado nos últimos meses, seu ritmo de crescimento ainda sólido permitiu ao Fed adiar um possível corte nas taxas do país.

Na próxima semana, os diretores do banco se reunirão para uma nova decisão sobre juros, e a expectativa é que as autoridades mantenham as taxas inalteradas na faixa entre 5,25% e 5,50%.

Apesar do número forte desta sexta, existem alguns outros sinais de que o mercado de trabalho está começando a relaxar de forma mais constante.

A produção econômica dos EUA no primeiro trimestre cresceu à taxa mais lenta em quase dois anos, e os dados deste trimestre, no geral, foram mais fracos do que o esperado.

Dados do início desta semana, por exemplo, demonstraram que as vagas de emprego diminuíram em abril e o número de empregos disponíveis por candidato atingiu o nível mais baixo desde junho de 2021.

Os números roubados levaram certo otimismo ao mercado. Na quinta (6), apesar de ter começado o dia em nível alto, chegando a superar os R$ 5,30 na máxima da sessão, o dólar devolveu os ganhos e fechou em queda de 0,88%, cotado a R$ 5,249 , em dia de bom desempenho dos ativos locais e com juros na Europa e nos Estados Unidos em foco.

O movimento aumentou um movimento global de baixa da moeda americana e ocorre após sucessivas altas do dólar ante o real. Na sessão de quarta-feira (5), a divisa norte-americana fechou o dia cotada a R$ 5,2970, em alta de 0,22%, atingindo seu maior valor de fechamento desde 5 de janeiro de 2023.

O dia também foi positivo na Bolsa brasileira, que registrou alta de 1,22% e fechou aos 122.898 pontos, recuperando-se de uma sequência de quedas nas últimas sessões.

No Ibovespa, a sessão foi impulsionada pela alta das commodities no exterior, que apoiou ações da Vale e da Petrobras, as maiores do índice.

As curvas de juros futuros locais registraram-se ficando firmes, ajustando-se à redução dos rendimentos nos títulos do Tesouro americano observados nas últimas sessões, o que também deu fôlego à Bolsa brasileira.

O fechamento da curva do termo brasileiro ocorreu na semana passada, pela manhã, Campos Neto reiterou as preocupações do BC com o avanço das expectativas de inflação.

Com Reuters



FOLHA DE SÃO PAULO

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