Ó dólar abriu em leve queda nesta segunda-feira (10), após ter atingido a marca de R$ 5,32 no fim da semana passada, com temores sobre aquecimento da economia dos Estados Unidos e ruídos emitidos por declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Às 9h07, a divisão norte-americana à vista caiu 0,02%, a R$ 5,323 na venda.
Nesta semana, o mercado aguarda a divulgação de uma nova decisão de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), que deve manter as taxas inalteradas nos EUA.
Há expectativa, porém, sobre as sinalizações da autoridade controlada sobre os próximos passos, em meio às dúvidas sobre a possibilidade de um corte nos juros ainda em 2024.
Na sexta (7), o dólar registrou forte, disparando 1,43% após a divulgação de dados de empregos mais fortes que o esperado nos Estados Unidos e em meio a temores sobre a situação fiscal do Brasil. Com isso, a moeda americana fechou a sessão cotada a R$ 5,324, renovando seu maior valor desde janeiro de 2023.
Rumores sobre uma possível mudança no arcabouço fiscal, que passaram por uma circular após uma reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com membros do setor financeiro, também afetaram o mercado, elevando os juros.
O relatório de emprego americano, conhecido como “payroll”, mostrou que foram criadas 272 mil novas vagas de trabalho nos EUA em maio, bastante acima das expectativas de 180 mil postos de economistas consultados pela Bloomberg. A taxa de desemprego, por outro lado, subiu ligeiramente, de 3,9% para 4%.
Os novos dados vieram na contramão de números secundários divulgados nesta semana que mostraram desaceleração da economia americana e deram otimismo momentâneo aos investidores.
Foi durante a tarde, no entanto, que os contratos futuros aceleraram, enquanto o mercado acompanhava as sinalizações do ministro Fernando Haddad sobre o futuro da política econômica do Brasil.
No fim da tarde, os contratos de juros com vencimento em janeiro de 2025 foram de 10,44% para 10,59%, enquanto os para 2027 subiam de 11,16% para 11,62%. Nas curvas mais longas, os juros para 2029 saíram de 11,58% para 11,95%.
A alta nas curvas derrubou ainda mais o Ibovespa, que caiu 1,73%, fechando aos 120.767 pontos nesta sexta.
Com Reuters