O governo federal afirmou, na última sexta-feira (7), que chegou ao limite nas negociações para reestruturação da carreira dos servidores ambientais. Em resposta, os servidores apontaram que a preocupação do governo com a área ambiental é “teatral”. Com isso, uma greve dos servidores ambientais pode ser mais próxima. O conselho de entidades representativas dos servidores deve se reunir nesta segunda (10) para definir os próximos passos e decidir sobre o indicativo de greve.
Se a greve for confirmada, os serviços do Ibama, do ICMBio, do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e do Ministério do Meio Ambiente poderão ser paralisados.
“E em plena Semana Mundial do Meio Ambiente, o governo Lula mostra sua preocupação com a área ambiental: antes de cair as cortinas da semana teatral comemorativa, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos comunicou oficialmente a representação dos servidores da área ambiental que não há acordo com o governo. Nada de restrição. Nada de reconhecimento. Nada de valorização”, diz a nota publicada pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional).
Em ofício recebido pelo diretor de Relações de Trabalho, o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) comunicou a impossibilidade de atender às demandas apresentadas pelos servidores. “Conforme informado na última reunião da mesa específica, o Governo chegou ao limite máximo, do ponto de vista orçamentário, do que é possível oferecer”, diz o ofício do Ministério.
Desde outubro de 2023, funcionários da área ambiental do governo buscam entre outros pontos, a equiparação de aprendizagem com as carreiras de nível superior da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana), com uma valorização progressiva. Em janeiro, os servidores paralisaram parte dos serviços e deixaram atividades de campo que impactaram a realização de licenças ambientais.