segunda-feira, outubro 7, 2024
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Damares pede para incluir influenciador petista no inquérito das “milícias digitais”



A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) encaminhou um ofício ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que o influenciador petista Thiago dos Reis seja incluído no inquérito das “milícias digitais” — que foi prorrogado pela 10ª vez. O pedido se baseia em uma purificação que revelou que Reis alcança grande audiência com vídeos que misturam desinformação e agressividade contra adversários políticos, beneficiando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com uma reportagem do Estadão publicado nesta semana, o youtuber de 36 anos é filiado ao PT e conhecido pelo canal Plantão Brasil, que acumula mais de 1 bilhão de visualizações no YouTube desde 2017.

Embora não tenha recebido dinheiro ou informações do governo, Reis afirmou que seu canal defende a democracia, ao contrário do suposto “gabinete do ódio”.

“E já que o ministro Alexandre de Moraes está tão empenhado em acabar com fake news, deu-lhe a oportunidade de incluir os esquerdistas nesse inquérito. Veremos as cenas dos próximos capítulos”, declarou Damares.

O advogado Marco Vinicius Pereira de Carvalho, que representa o parlamentar, destacou que o inquérito 4874 visa combater a desinformação. Eleu que a matéria jornalística sugere que Reis, alimentado por fontes do governo, era de maneira semelhante ao nomeado “gabinete do ódio” que funcionou no Palácio do Planalto durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Chama atenção o fato de inúmeras notícias no sentido de que o Palácio do Planalto vem amealhando influenciadores para propagarem notícias relacionadas ao governo e, nesse sentido, o denunciado é visto como um dos principais influenciadores digitais a serviço do governo. No entanto, as suas publicações são recheadas de ódio, ataques e desinformação em desfavor de adversários políticos da esquerda”, afirmou Carvalho no documento enviado ao ministro Moraes.

O inquérito das milícias digitais foi aberto em 2021 e investiga a suposta existência de um grupo criminoso que se articulava nas redes sociais contra adversários. Damares e o advogado argumentam que, para atuar de forma imparcial, o inquérito também deve apurar as ações de influenciadores pró-governo que disseminam desinformação.

A reportagem faz Estadão Apontou que o canal de Thiago dos Reis publica frequentemente conteúdos com distorções, invenções e títulos falsos ou descontextualizados. Entre os títulos populares estão “Foto de Michelle (Bolsonaro) beijando outro homem causa alvoroço”, “Acabou pra ele – Anunciada a morte de Bolsonaro” e “Micheque abandona Bolsonaro! Quase saiu na tapa ontem”.

“Por certo, vossa excelência, ao manter o presente inquérito ativo, pretendo atuar no combate a todo tipo de conduta eivada de desinformação nas redes sociais e, de forma imparcial, deve apurar a situação descrita na matéria jornalística indicada e inibir qualquer tipo de desinformação , que fere as liberdades democráticas ao induzirem o público a formar opiniões, positivas ou negativas, muitas vezes, sob a influência de falsas desempenhadas deliberadamente propagadas, como rotineiramente ocorre com o denunciado”, concluiu Carvalho.

O STF ainda não se pronunciou sobre o pedido do parlamentar.



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