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Enquadrar invasores de Alep em “atos antidemocráticos” é “truculência”, reclama Gleisi


Manifestantes acamparam no plenário após invasão da Assembleia Legislativa do Paraná
Manifestantes acamparam no plenário após invasão da Assembleia Legislativa do Paraná| Foto: Divulgação/Valdir Amaral/Alep

A deputada e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, saiu em defesa dos grevistas que invadiram a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), na semana passada, na tentativa de impedir a votação do projeto que institui o programa “Parceiro na Escola”.

De autoria do governo Ratinho Junior (PSD), o projeto prevê a terceirização administrativa de aproximadamente 200 colégios estaduais.

Durante a invasão em Alep, em Curitiba (PR), no dia 3 de junho, os grevistas derrubaram a porta de acesso ao prédio público, antes de quebrarem as portas de vidro da Casa para furar o bloqueio da segurança e tomarem as galerias no plenário . Apesar da ação violenta, a proposta foi aprovada.

Esta semana, a Procuradoria-Geral do Estado do Paraná (PGE) solicitou ao delegado-geral da Polícia Civil a instauração de um inquérito para investigar os grevistas e possíveis responsáveis ​​pela invasão por “tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito” durante as ações seleções pelo governo paranaense como “atos antidemocráticos”.

“Ratinho Júnior pede que grevistas contra a privatização das escolas do Paraná sejam enquadradas em atos antidemocráticos. Só pode ser brincadeira! A greve e as ações dos trabalhadores (as) na educação foram legítimas e pretendiam impedir a votação do nefasto projeto que ele apresentou contra a educação paranaense. Querer equiparar a luta dos professores aos golpistas do 8 de janeiro, que tocaram o terror em Brasília, quebraram tudo e quase conseguiram destruir uma bomba no aeroporto, é um ascinte (sic), desonesto intelectualmente e truculento. Essa ação sim é uma violência contra a democracia e o direito de manifestação, greve e luta. Espero que o Poder Judiciário impeça essa excrescência”, disse Gleisi em uma publicação da rede social X, nesta sexta-feira (14).

O governo estadual quer a identificação dos envolvidos na invasão, entre eles, membros do APP-Sindicato, entidade que representa professores e profissionais da rede pública estadual da educação. As investigações também podem identificar membros dos partidos de esquerda e do movimento estudantil.



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