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Símbolo da reciclagem foi criado por estudante de 23 anos – 15/06/2024 – Mercado


Três setas caem um fluxo triangular simbolizam o reprocessamento e a sustentabilidade. O ícone da reciclagem conhecido no mundo todo foi criado por um universitário de 23 anos no intervalo de um a dois dias.

Em 1970, o norte-americano Gary Anderson participou de um concurso para comemorar o Dia da Terra, 22 de abril. Ele cursou arquitetura na USC (Universidade do Sul da Califórnia) quando venceu a dinâmica, promovida por um fabricante de caixas.

A forma do design —três setas envolvidas em um fluxo triangular— foi rápida, conforme narrado o autor em depoimento ao Financial Times.

“Odeio admitir, mas já tinha feito uma apresentação sobre papel reciclado e criado um gráfico do fluxo da água, por isso já tinha em mente as setas, arcos e ângulos”, contou ele.

Hoje o desenho pode ser encontrado em latas de lixo, materiais publicitários e embalagens de produtos em gôndolas de lojas, farmácias e supermercados.

A primeira grande apropriação do novo símbolo partiu da Sociedade da Indústria Plástica dos EUA, que criou, em 1988, um sistema de códigos para diferenciar as composições de resina plástica de que os produtos são feitos. Resolvi inserir, dentro do triângulo de três setas, números de 1 a 7 para identificar o tipo de plástico.

Segundo Marcus Nakagawa, professor de Responsabilidade Socioambiental e Sustentabilidade da ESPM, imagens vinculadas às questões ambientais são um diferencial de mercado para as empresas.

Porém, algumas delas “entenderam que esses certificados agregam valor e realizam seus próprios selos”. O problema, segundo ele, é que o consumidor não tem muito conhecimento e muitas vezes é enganado pelas figuras que estão na embalagem.

No ano passado, a agência norte-americana de proteção ambiental classificou a combinação do ícone da reciclagem com a classificação dos plásticos como “enganosa ou ilusória”. Os consumidores, afirma a autoridade, podem considerar o produto reciclável, sendo que nem todas as resinas são recicladas em escala.

“A intenção do sistema de códigos nunca foi determinar a reciclabilidade de um produto, mas determinar a composição de resina e medidas de controle de qualidade antes da reciclagem”, disse a agência.

Hum relatório de fevereiro deste ano do Centro de Integridade Climática afirma que as empresas petroquímicas promovem campanhas para “enganar o público sobre a previsão da reciclagem do plástico”.

“Essas medidas protegeram e expandiram os mercados de plástico, ao mesmo tempo em que paralisaram ações legislativas ou regulatórias que abordariam de forma significativa os resíduos e a poluição de plástico”, conclui o estudo da organização internacional



FOLHA DE SÃO PAULO

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