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Repavimentação da BR-319 tem soluções técnicas e ambientais


BR-319 tem mais de 900 quilômetros de extensão;  boa parte da rodovia não é pavimentada.
BR-319 tem mais de 900 quilômetros de extensão; boa parte da rodovia não é pavimentada.| Foto: Divulgação/Dnit

O grupo de trabalho criado pelo Ministério dos Transportes para avaliar a repavimentação da BR-319, que liga Manaus/AM a Porto Velho/RO, concluiu que há soluções técnicas e ambientais para as obras. As obras na rodovia são tema de debate há pelo menos duas décadas. A BR-319 é ​​o único meio de acesso terrestre destes estados com o restante do país.

No relatório apresentado pelo grupo de trabalho é apontada a necessidade de cercamento de 500 km ao longo da rodovia, para garantir a preservação ambiental. Além disso, o projeto para as obras deverá incluir a instalação de 172 passagens de fauna ao longo da via.

Criado em novembro de 2023, o grupo cerrou os trabalhos em fevereiro de 2024, mas as contribuições foram publicadas somente após quase quatro meses. O documento divulgado pelo Ministério dos Transportes aponta que há previsões para as instruções no que é conhecido como Trecho do Meio. O nome se justifica tendo em vista que de um total de 900 quilômetros da BR-319, um trecho de cerca de 500 quilômetros que fica no meio da rodovia está sem pavimentação.

Ausência de pavimentação da BR-319 não garantida preservação, aponta relatório

O projeto de repavimentação da BR-319 é ​​alvo constante de Organizações Não-Governamentais (ONGs) que apontam a preocupação com a preservação ambiental como empecilho para as obras. Durante duas décadas de debates sobre o projeto, as ONGs elaboraram uma série de relatórios e estudos visando prejuízos relacionados, em especial, ao desmatamento da floresta amazônica.

No entanto, o argumento é refutado pelo documento apresentado pelo Ministério dos Transportes. “É importante ressaltar que, historicamente, a ausência de pavimentação não garantiu a preservação ambiental e o respeito às comunidades tradicionais na região. Pelo contrário, a pouca acessibilidade e, consequentemente, menor presença do Estado, reforçam a criminalidade e o desmatamento”, aponta o relatório nas conclusões.

O documento aponta ainda que a repavimentação do trecho do meio deve garantir o reforço no policiamento da região, além de fortalecer a fiscalização e coibir ilícitos de maneira mais eficaz.



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