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Metrô: SP libera compensação menor para cobertura de risco – 20/06/2024 – Painel SA


Ó governo de São Paulo liberou o pagamento de R$ 204 milhões como forma de compensação financeira à Linha Uni, supervisão responsável pelas obras da linha 6-laranja do Metrô, que no mês passado detectou riscos geológicos na extensão da linha. O valor ficou abaixo do esperado pela Uni, pleiteado inicialmente em R$ 230 milhões.

No final de maio, a construtora espanhola Acciona, responsável pela Linha Uni, emitiu relatório em que apontava a descoberta de problemas estruturais na obra e que não estavam previstas no estudo inicial apresentado pelo governo paulista.

O governo não reconheceu imediatamente os valores apontados pela Linha Uni, apesar de afirmar que o reequilíbrio contratual seria garantido.

Pelo contrato, os riscos geotecnológicos estão previstos na concessão e, quando ultrapassarem os R$ 80 milhões, são reforçados integralmente pelo poder público. O governo explica que a cláusula garante a falta de um seguro específico para casos deste tipo no mercado segurador.

“Após a apresentação das informações técnicas incluídas no contrato pela encomenda, bem como o parecer do agente independente, o Governo de São Paulo fez suas próprias análises e aprovou um ressarcimento no valor de R$ 204,1 milhões, a ser pago no prazo estimado de 90 dias”, disse a Secretaria de Parcerias em Investimentos.

No balanço divulgado no Diário Oficial do Estado do último dia 12, a Acciona relatou a necessidade de um reequilíbrio contratual, porém retirou do informativo os R$ 230 milhões que constavam no relatório do mês passado.

Consultada, a Linha Uni não quis comentar sobre a discussão em torno dos valores.

Problemas na linha

Prometida inicialmente para começar em 2010, a obra sofreu uma série de adiamentos e teve início em 2015, com previsão de entrega em cinco anos depois. Porém, a construção acabou paralisada em 2016, sendo retomada em 2020 com a atualização atual.

A descoberta vai atrasar a entrega da linha em três anos cuja construção está orçada em R$ 18,5 bilhões, em valores atualizados.

Houve ainda uma interrupção inesperada de sete meses em parte dos trabalhos, quando uma cratera afundou o asfalto na marginal Tietê, em fevereiro de 2022, por causa do rompimento de uma atração de esgoto, que também inundou a tuneladora, conhecida como tatuzão, que faz uma escavação.

A Secretaria de Parcerias em Investimentos acredita que possível será inaugurado o trecho entre Brasilândia e Perdizes em 2026 e o ​​restante, em 2027, atendendo a um pedido do governador Tarcísio de Freitas.

A Linha 6-Laranja terá 15 km de extensão com 15 estações e interligações com a CPTM e outras três linhas do Metrô.

com Diego Félix


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FOLHA DE SÃO PAULO

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