sábado, outubro 5, 2024
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Lula nega ‘discurso radical’ pós-eleição, mas já falou em ‘extirpar’ opositores ef* Moro



Nesta sexta-feira (21), ao conceder entrevista à rádio meiodo Piauí, o presidente Lula (PT) disse que evitou radicalizar o processo de transição do governo de Jair Bolsonaro (PL) para não mostrar um “podridão” do que diz ter encontrado após vencer a eleição presidencial de 2022.

A declaração de Lula foi uma tentativa de explicação a dificuldade de articulação do governo com o Congresso. Segundo o presidente, ainda há um radicalismo desde a eleição em que Bolsonaro “tinha um projeto de poder autoritário”.

O presidente ainda associou o suposto autoritarismo do governo anterior com a nomeação de militares “da turma de Bolsonaro” para cargas estratégicas.

“Aí, eu ganhei a eleição e não fizemos nenhum discurso radical durante uma transição. Eu poderia ter marcado todo o podridão do governo Bolsonaro e não quis mostrar, porque fui eleito para governar o país. O passado nós derrotamos, vamos tratar do futuro”, disse o petista durante uma entrevista.

Apesar da declaração, além de atacar e comparar constantemente as ações do seu governo com a gestão Bolsonaro, Lula já falou em “extirpar” opositores e em “f*** o Moro”, em referência ao ex-juiz da Operação Lava Jato e atual senador, Sergio Moro (União).

A revelação do seu desejo de vingança contra Moro aconteceu durante uma entrevista concedida pelo petista ao site Brasil 247em 21 de março de 2023.

Na entrevista, Lula lembrou do seu tempo de detenção na sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba (PR), e contou que quando esteve preso recebeu visitas de procuradores preocupados com o seu bem-estar.

Quando questionado pelos procuradores se estava bem, Lula disse que respondeu o seguinte: “Só vou ficar bem quando f*** o Moro”.

Sem se dar conta de que a entrevista transcorria ao vivo, Lula pediu para que os entrevistadores cortassem a palavra “f***”. Entretanto, o petista foi avisado de que não havia mais o que fosse feito. Contudo, Lula emendou a conversa dizendo estar profundamente magoado com todos que fizeram parte da Lava Jato.

Ao conceder entrevista coletiva, em Bruxelas, na Bélgica, no dia 19 de julho de 2023o presidente Lula condenou a suposta agressão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ocorreu no aeroporto de Roma e ameaçou “extirpar” todos os opositores em nome da paz e da civilidade.

“Precisamos punir severamente as pessoas que transmitem ódio como o cidadão que agrediu o ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma. Um cidadão desse é um animal selvagem, não é um ser humano. O cidadão pode não concordar com uma pessoa, mas ele não tem que ser agressivo, ele não tem que xingar, ele não tem que desrespeitar. Ou seja, é possível a gente voltar à civilização […] Essa gente que renasceu no neofascismo colocado na prática no Brasil tem que ser extirpada e nós vamos ser muito duros com essa gente para eles aprenderem a ser civilizados. Nós queremos paz, trabalho, emprego, educação, saúde e viver bem”, disse o petista em clara referência aos apoiadores de Bolsonaro.



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