domingo, outubro 6, 2024
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Justiça mantém preso presidente do Solidariedade suspeito de desvio no PROS



A Justiça Eleitoral revogou a prisão preventiva de cinco investigados na Operação Fundo no Poço, que apura desvios de R$ 36 milhões dos fundos partidários e eleitorais do antigo partido PROS, que se fundiu com o Solidariedade no ano passado. No entanto, decidiu manter a prisão apenas do presidente da legenda, Eurípedes Gomes de Macedo Júnior, e de Felipe Espírito Santo, secretário de assuntos legislativos da sigla.

De acordo com a decisão do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a primeira liberação provisória foi concedida ao advogado Bruno Pena, suspeito de operacionalizar os desvios simulando contratos de serviços advocatícios. Ó habeas corpus considerem insuficientes as provas para manter a prisão.

“O fato do escritório do paciente ter recebido cerca de quase R$ 2 milhões do PROS nacional não implica, por si sógravidade concreta que legítima a segregação cautelar, nomeadamente ao se considerar que tais importações perfazem montantes especificamente destinados ao pagamento de serviços de natureza advocatícia na seara eleitoral”, justificou o ministro.

Posteriormente, o juiz Lisandro Gomes Filho, da 1.ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, determinou a soltura dos outros investigados: Jarmisson Gonçalves de Lima, Cíntia Lourenço da Silva, Alessandro Sousa da Silva e Fabrício George Gomes da Silva.

O magistrado aplicou a decisão do TSE, alegando “semelhança fática” entre os casos. “Novos elementos apreendidos já se revelaram suficientes para afastar a medida cautelar extrema, permitindo, por ser mais adequada e proporcional, suas substituições eficazes por medidas alternativas”, concluiu o juiz.

Essas medidas alternativas incluem o recolhimento domiciliar noturno, o uso de tornozeleira eletrônica e a concessão de contato com outros envolvidos na investigação.

A Operação Fundo no Poço foi deflagrada para investigar o suposto desvio de palavras públicas pelo PROS antes de se unir ao Solidariedade. A Polícia Federal aponta que o dinheiro teria sido utilizado para pagar até viagens internacionais da família de Eurípedes Júnior.

Eurípedes foi entregue à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal no último sábado (15) após passar três dias foragido.

A defesa de Eurípedes Júnior divulgou uma nota afirmando que ele se licenciou de suas funções no partido e que “demonstrará perante a Justiça não apenas a insubsistência dos motivos que propiciaram a sua prisão preventiva, mas ainda a sua total inocência”.



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