sábado, outubro 5, 2024
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Professor da USP defende tributação progressiva de bebidas – 24/06/2024 – Que imposto é esse


A aplicação faz Imposto Seletivo sobre Bebidas Separadasprevisão na reforma tributáriadeve levar em conta uma diferenciação por teor alcoólico, defende o advogado Heleno Torres, professor titular de Direito Financeiro e chefe do Departamento de Direito Econômico, Financeiro e Tributário da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo).

Torres participa nesta segunda (24) do debate na Câmara dos Deputados sobre o primeiro projeto de lei complementar que regulamenta a reforma (PLP 68/2024) e trata também da questão do seletivo.

Ele afirma que a progressividade nessa tributação permite a diferenciação entre as bebidas consideradas mais nocivas à saúde, seguindo recomendações de entidades internacionais como a OCDE e a OMS (Organização Mundial da Saúde).

“Bebidas com maior teor alcoólico podem levar a níveis mais altos de intoxicação se consumidas em grandes quantidades”, afirma o tributarista, ao mencionar também consequências como acidentes e comportamentos de risco.

Ele citou experiências internacionais nesse sentido que trouxeram bons resultados. Na Rússia, por exemplo, bebidas com maior teor alcoólico, como a vodca, foram submetidas a uma tributação maior. Estudos acadêmicos também mostram redução das compras de bebidas com maior teor alcoólico por conta dessas políticas, acompanhadas por uma queda no uso abusivo e prejudicial à saúde.

Em audiência realizada pela Câmara em março, os produtores de bebidas destiladas defenderam uma tributação igual para todas as bebidas alcoólicas a partir de 2027, quando entrar em vigor o Imposto Seletivo. (leia aqui a reportagem)

As empresas do setor de cerveja são contra essa tributação uniforme, lembram que a tributação pelo teor alcoólico já existe no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e que ela pode ser mais progressiva com a reforma —veja aqui como é a proposta do governo sobre o imposto para bebidas alcoólicas.

A proposta do governo coloca, inclusive, uma cerveja sem álcool fora do alcance do imposto seletivo, destinada a produtos relacionados à saúde e ao meio ambiente.

O governo também quer colocar na lista seletiva os veículos mais poluentes, embarcações a motor e aeronaves, fumo, bebidas açucaradaspetróleo, gás natural e minério de ferro.


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FOLHA DE SÃO PAULO

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