sábado, outubro 5, 2024
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BC cita atividade e desancoragem das expectativas


O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto: ata do Copom destacou “resiliência”  da atividade econômica e altas expectativas de inflação entre as razões para interrupção da queda da taxa de juros.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto: ata do Copom destacou “resiliência” da atividade econômica e altas expectativas de inflação entre as razões para interrupção da taxa de juros.| Foto: REUTERS/Adriano Machado

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central destacou a atitude econômica “surpreendente” e o aumento das expectativas de inflação entre as razões para interromper a queda da taxa básica de juros. E avisou que os futuros ajustes na Selic serão determinados pelo “firme compromisso de convergência da inflação à meta”. Os comentários constam da ata da última reunião, divulgada nesta terça-feira (25).

Na semana passada, os membros do colegiado decidiram, por unanimidade, manter a Selic em 10,5% ao ano. A decisão foi criticada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Apesar da votação unânime, ela culpou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e a imprensa pela interrupção no ciclo de redução dos juros.

“Não que se refira ao cenário doméstico, o mercado de trabalho e a atividade econômica, em particular o consumo das famílias, têm mudado e divergido do cenário de desaceleração previsto. Além disso, houve novo aumento das projeções de inflação tanto para 2024 quanto para 2025 “, diz trecho do ata do Copom.

Os membros do comitê afirmaram que reduziram as expectativas de inflação “exigiram uma atuação firme da autoridade monetária”, mas não só. Em recado ao governo, anotaram que também é necessário “o contínuo fortalecimento da concessão e da contribuição tanto das instituições como dos arcabouços fiscais e comissões que compõem a política econômica brasileira”.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou ata do Copom em conversa rápida com jornalistas nesta manhã. “[A ata] transmite a ideia de que está havendo uma interrupção para avaliar o cenário interno e externo, para que o Copom fique à vontade para tomar decisões a partir de novos dados”, disse.



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