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Biocombustível: Shell refinaria na Holanda – 05/07/2024 – Mercado


A Shell terá um prejuízo de até US$ 1 bilhão (R$ 5,49 bilhões) com um dos seus maiores projetos de transição energética: uma refinaria paralisada em Roterdã que tinha o objetivo de converter resíduos em combustível de aviação e biodiesel.

Nesta semana, o gigante do petróleo organizou as atividades no local em meio a um momento de questionamento para biocombustíveis. Estima-se que a medida custará entre US$ 600 milhões e US$ 1 bilhão.

A empresa afirmou que espera contabilizar um prejuízo não monetário de US$ 1,5 bilhão a US$ 2 bilhões (R$ 8,23 bilhões a R$ 10,98 bilhões) no segundo trimestre, incluindo uma baixa contábil entre US$ 600 milhões e US$ 800 milhões em uma fábrica de produtos químicos em Cingapura, que foi vendida para a Glencore e a PT Chandra Asri Pacific da Indonésia.

A refinaria de Roterdã, que recebeu o aval em 2021, já estava atrasada devido às dificuldades técnicas. Originalmente programada para iniciar a produção em abril, a Shell afirmou, no início deste ano, que o local inauguraria as operações “em meados desta década”.

Após a paralisação das obras, a Shell está revisando os gastos do local, à medida que os preços dos biocombustíveis na Europa sofrem pressão devido ao excesso de oferta, tarifas baratas da China e um crescimento na demanda inferior ao esperado.

A Comissão Europeia iniciou uma investigação antidumping sobre o biodiesel da China em dezembro do ano passado e provavelmente anunciará tarifas provisórias sobre os subsídios chineses neste mês.

A Shell afirmou estar “confiante de que o mercado se ajustará no fim da década”. O CEO da empresa, Wael Sawan, insistiu que a companhia deve ser mais disciplinada e focada, e a empresa afirmou que divulgará um número final para a baixa contábil do projeto, após uma revisão, em seu relatório do segundo trimestre em 1º de agosto.

A BP também apresentou recentemente os planos de produção de biocombustíveis nos EUA e na Alemanha.

Os biocombustíveis são considerados mais sustentáveis ​​do que os combustíveis recolhidos a partir de petróleo bruto, pois o dióxido de carbono emitido quando são queimados é compensado pelo dióxido de carbono movido pelas plantas das quais foram feitos.

A refinaria de Roterdã foi projetada para produzir cerca de 820 mil toneladas de biocombustíveis por ano, divididas entre combustível de aviação sustentável e biodiesel, a partir de óleo de cozinha usado e gorduras animais. É provável que a Shell também tenha complementado a planta com óleos vegetais certificados como sustentáveis.

Quando foi anunciado, a Shell disse que a instalação produziria biodiesel suficiente para reduzir as emissões em 2,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, o equivalente a retirar 1 milhão de carros das estradas.



FOLHA DE SÃO PAULO

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