sábado, setembro 21, 2024
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Gleisi diz que vencer na França é um “fracasso das políticas neoliberais”



A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, parabenizou os franceses pela vitória da esquerda no segundo turno das eleições legislativas deste domingo (7) como um “fracasso das políticas neoliberais e antipopulares” dos conservadores.

O elogio ocorre uma semana depois do petista atacar o presidente francês Emmanuel Macron dizendo que ele e “seu centro liberal” pagaram nas urnas por medidas impopulares, como a reforma da previdência e do arrocho fiscal.

“Foi fundamental para o resultado a reação popular à ameaça da extrema-direita antidemocrática. E as urnas demonstram mais uma vez o fracasso das políticas neoliberais e antipopulares que vêm sendo implantadas pelos conservadores”, disse Gleisi.

Ela ainda parabenizou o líder esquerdista francês Jean-Luc Mélenchon por ter articulado a aliança dos partidos de centro-esquerda contra Marine Le Pen, afirmando que “que o novo governo seja o início de um novo tempo para a França”.

A comemoração ocorreu pouco depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também parabenizar os esquerdistas franceses pela vitória, em que ele se disse “muito feliz com a demonstração de grandeza e maturidade das forças políticas da França que se uniram contra o extremismo nas eleições legislativas”.

Para ele, a vitória dos esquerdistas na França e do partido trabalhista no Reino Unido “reforça a importância do diálogo entre os segmentos progressistas em defesa da democracia e da justiça social”. “Devem servir de inspiração para a América do Sul”, pontuou.

A citação em relação à América do Sul ocorre principalmente pela conta da eleição municipal deste ano que, a depender do resultado, vai pavimentar o caminho para a eleição presidencial de 2026.

Na eleição da semana passada, o partido de Le Pen, Reunião Nacional, obteve 33% dos votos, seguido pela Nova Frente Popular, uma aliança de partidos da esquerda, com 28%. O bloco centrista do presidente Emmanuel Macron ficou em terceiro, com 20%.

A estratégia da esquerda e do centro para conter o avanço da direita indicou a retirada de mais de 200 candidatos moderados em favor de concorrentes mais competitivos contra Le Pen. A iniciativa foi apoiada por figuras públicas como o ex-jogador Raí e o capitão da seleção francesa, Mbappé.

Pesquisas de intenção de voto indicaram que a coalizão entre esquerda e centro poderia alcançar uma maioria absoluta de 289 cadeiras no Parlamento francês, o suficiente para indicar um primeiro-ministro.



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