sábado, outubro 5, 2024
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Corrupção, violência, questões sociais e interesses preocupam brasileiros com Lula


A nova rodada da pesquisa Qaest de avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divulgada na manhã desta quarta (10), apontou que a preocupação com problemas como corrupção, violência, questões sociais e juros segue em alta entre os brasileiros.

Embora a aprovação ao presidente tenha aumentado e diminuído a desaprovação, que está em queda, estes problemas ainda permeiam a atenção da população e pressionam o governo por mais soluções.

Se antes as questões econômicas eram as maiores preocupações dos brasileiros, como inflação e renda, agora é a violência e a corrupção que ocupam o topo da atenção na avaliação do governo Lula 3, segundo o pesquisador Felipe Nunes, diretor da Quaest.

“O que reforça essa tese é o fato de que a economia está perdendo protagonismo como o principal problema do país. De um ano pra cá, caiu de 31% para 21% quem afirma que a economia é o principal problema, enquanto passou de 10% para 19% quem acha que é a segurança, por exemplo”, explicou na análise da pesquisa.

A pesquisa aponta que a queda da preocupação com a economia foi acompanhada pelo crescimento de outras questões. As redes sociais tiveram um salto de 4 pontos percentuais. Veja abaixo:

No caso dos juros, que se tornou o principal tema econômico de Lula no debate com o Banco Central, 87% dos analistas afirmam que estão muito altos no Brasil, enquanto 10% discordam.

Especificamente sobre os juros, 66% dos brasileiros concordam com as críticas de Lula, enquanto 23% não concordam.

Lula passou a focar a questão nas entrevistas e discursos que vem realizando, focalizando a culpa no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Isso acabou levando a uma escalada do dólar nas últimas semanas por desconfianças do mercado financeiro com a responsabilidade fiscal.

“Embora a população também ‘compre’ totalmente a argumentação de que Campos Neto não usaria critérios técnicos na condução do Banco Central, ,etade defender que ele é técnico nas decisões, a outra metade ou acredita que não, ou não sabe dizer”, apontou Nunes na análise.

A moeda só recuou após Lula e o ministro Fernando Haddad (Fazenda) garantiram que o governo segue engajado em manter a meta de zerar ou romper nas contas públicas por meio de um ajuste fiscal que inclui, entre outros pontos, a revisão e o corte de gastos públicos.

Este ponto, inclusive, foi questionado pela Quest na pesquisa e teve a concordância de 83% dos indícios para fazer um pente fino para tirar irregularidades do CadÚnico.

Apesar da alta do dólar em meio às falas de Lula, 53% dos noticiados não acreditam que as declarações do presidente tenham levado a isso. 34% acreditavam que sim e 13% não sabiam responder.

“Chama atenção que a população não atribui às falas do Lula ao aumento observado do dólar nas últimas semanas”, aponta Nunes.

Os noticiários também concordaram que o salário deve ter um aumento real acima da inflação anualmente (90%), que as carnes consumidas pelos mais pobres devem ter imposto de renda (84%), e que o governo não deve dar satisfação ao mercado, mas aos mais pobres (67% concordam, 29% discordam).

A QuaestOuviu 2 mil pessoas entre 5 e 8 de julho em 120 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%.



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