sábado, outubro 5, 2024
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Sem leilão, Conab recalcula importação de arroz pelo país – 11/07/2024 – Vaivém


A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) já não considera mais a importação de arroz foi anunciada inicialmente pelo governo para este ano. Nos dados divulgados nesta quinta-feira (11), o órgão projeta uma compra externa de 1,7 milhões de toneladas de cereal em casca, abaixo dos 2,2 milhões previstos no mês passado.

A intenção inicial do governo, dependendo do comportamento dos preços internos, era importar até 1 milhão de toneladas. Não realizou o primeiro turno anunciado e cancelou o segundo, após realizado.

Se considera a safra brasileira, que vai do início de março ao final de fevereiro do ano seguinte, o país terminará o período com baixos estoques de passagem de uma safra para outra.

Os novos números da Conab indicam estoques de apenas 394 mil toneladas em fevereiro de 2025, o menor em cinco anos. O consumo médio mensal nacional é de 917 mil toneladas.

A menor oferta no final da safra ocorre porque o governo elevou a estimativa de consumo para 2024, devido à política de incentivo ao consumo do cereal e à ampliação do programa Bolsa Família.

A Conab prevê um consumo de 11 milhões de toneladas neste ano, acima dos 10,3 milhões de 2023. Se esse cenário for confirmado, os preços continuarão bastante ajustados.

As negociações no mercado internacional, devido à menor oferta mundial do cereal, mantêm os preços elevados. Internamente, o dólar alarma favorecendo rumores, mas encarecendo exportações. O consumidor não deve ter muito prazer nos preços em relação aos atuais.

O governo reduz a projeção de importação, mas aumenta a de exportação, agora estimada em 1,3 milhão de toneladas.

A safra do Rio Grande do Sul, principal produtor brasileiro, deve render 7,3 milhões de toneladas em 2023/24, 5,5% acima da anterior. O volume, no entanto, é inferior aos 7,5 milhões previstos em abril, antes das enchentes no estado.

Os gaúchos, que tiveram atraso no plantioforam afetados ainda pelas condições climáticas dos últimos meses. A Conab estima que 5% da área semeada no estado teve problemas significativos com as enchentes.

Nos cálculos da entidade, 42 mil hectares afetados pelas inundações ainda não foram colhidos.

O preço médio do arroz no campo estava em R$ 105 por saco antes das enchentes, subiu para até R$ 122 três semanas depois e recuou para R$ 114 nesta semana. Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

A produção total de grãos brasileira cai para 299 milhões de toneladas nesta safra, após o recorde de 2023. Soja e milho estão na lista das quedas, enquanto arroz, feijão, trigo e algodão, na de altas.


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FOLHA DE SÃO PAULO

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