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Alvo de bolsonaristas, startup ganha com ajuda humanitária – 13/07/2024 – Painel SA


A PWTech sofre ataques de bolsonaristas desde que a primeira-dama Janja fez uma postagem com os filtros da companhia doados para a Etiópia. Segundo o CEO, Fernando Marcos Silva, os equipamentos transformam até água contaminada em caminhões. A startup também atraiu haters com a vaquinha feita pelo youtuber Felipe Neto pára adquirir 200 unidades intenções ao Rio Grande do Sul.

A megaexposição ajudou a empresa?
Essa parte política eu deixo para quem é do ramo. Montamos um negócio para ser independente de governo.

O filtro entrou na lista de equipamentos de defesa nacional. O governo ajuda na propaganda?
A empresa começou a partir de um contrato com um fundo japonês, que comprou para distribuir aos brigadistas do ICMBio e do Ibama. O equipamento, que pesa 18 kg, transforma água suja e até contaminada em líquidos. Funciona com base em múltiplas fontes de energia, incluindo a solar. Ali começou o nosso relacionamento com a Agência Brasileira de Cooperação, mas sempre porque éramos adeptos de organismos internacionais que já nos conhecem. Depois, forneça para o HaitiEtiópia, zonas de guerra. Acabamos de vencer uma licitação da ONU para o fornecimento, onde for preciso, por até cinco anos. Hoje estamos em mais de 20 países.

Quanto esse mercado de ajuda humanitária movimenta?
Cerca de US$ 30 bilhões.

Mas o público-alvo do negócio é maior, não?
Abrimos para construção civil. Fomos contemplados pelos programas de trabalho da Vale, Andrade Gutierrez e Braskem. O agronegócio, a pecuária e a mineração são uma nova fronteira. Com a privatização do saneamentoas promoções serão obrigadas a levar água às comunidades. Há mais de 35 milhões de pessoas sem acesso. Isso custa muito caro e nós temos a solução.

Isso significa que não trabalhará com o governo?
A empresa não surgiu para atender governos, muito embora participe do projeto Água Boa, que quer levar água potável para as 9 mil escolas hoje sem água potável. Queremos ter metade da receita vinda da ajuda humanitária e outra metade atendendo o mercado.

Quanto custa cada filtro e qual o lucro?
São quatro tipos e eles variam de R$ 15 mil a R$ 22 mil. A empresa fatura R$ 7 milhões e projetamos chegar a R$ 20 milhões neste ano e a três dígitos [mais de R$ 100 milhões] até 2027.


Raio-X | Fernando Marcos Silva
Engenheiro químico, 67, formado pela Universidade Mackenzie, com bacharelado em administração de negócios (FGV) e especialização pela Harvard Business School, especializado por mais de 20 anos na Suzano. É tão apaixonado por futebol e pelo Santosque chegou a disputar a presidência do clube.


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FOLHA DE SÃO PAULO

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