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Atentado a Trump deixa câmbio volátil, vê equipe econômica – 14/07/2024 – Mercado


A equipe econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera volatilidade no mercado de Trocar nesta segunda-feira (15) diante do cenário de incerteza decorrente do atentado contra o ex-presidente Donald Trumpnos Estados Unidos.

Mas a expectativa é de oscilação passageira da moeda americana em relação ao real e de efeitos limitados sobre a economia brasileira.

Para um membro da equipe, o episódio não deve provocar grande movimentação no câmbio, por não se tratar de um problema estrutural. Ainda assim, vemos a possibilidade de o mercado abrir com “alguma volatilidade”.

Um técnico do governo, entretanto, reconhece que o impacto pode se tornar mais prolongado dependendo dos desdobramentos do caso. No sábado (13), Trump foi ferido por um ataque localizado nas proximidades de um comício em Butler, na Pensilvânia.

Na visão dessa fonte, o republicano sai fortalecido para a disputa pela Casa Branca e dificulta o caminho para a reeleição do presidente democrata Joe Biden. A imagem de Trump com o punho levantado acima da cabeçaa orelha ensanguentada e a bandeira americana ao fundo reforçam essa percepção, destaca.

Outro componente do governo minimiza a possibilidade de implicações significativas do episódio sobre a economia brasileira. Quanto ao favoritismo de Trump na disputa, mostra cautela e vê necessidade de aguardar a condução das investigações pelo governo Biden.

Em pronúncia neste domingo (14), Biden pediu que o público evitasse especular sobre os motivos do ataque contra Trump e deixasse o FBI fazer seu trabalho de investigação.

O episódio ocorreu logo depois de uma semana mais favorável para a divisão brasileira com acomodação do dólar. Na última sexta-feira (12), a moeda americana fechou o dia cotada a R$ 5.430com investidores repercutindo os dados positivos de inflação nos Estados Unidos.

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) caiu inesperadamente e o aumento anual foi o menor em um anoreforçando a percepção de que a tendência de desinflação está de volta aos trilhos. Com isso, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) ficaria mais próximo de um corte na taxa de juros do país –hoje entre 5,25% e 5,5% ao ano.

Na semana passada, em entrevista à Folhao secretário de Política Econômica do Ministério da FazendaGuilherme Mello, pensou em maior recuo do câmbio na medida em que as incertezas dos agentes econômicos fossem reduzidas.

“Nós vamos debelando as incertezas uma a uma e trazendo esse câmbio, que hoje está em torno de R$ 5,40, para mais próximo daquilo que ele deveria ser, levado em consideração essa mudança de precificação da política monetária norte-americana”, disse.

O momento era de mais otimismo depois do dólar ter apresentado grande volatilidade no último mês. Impulsionada por declarações do presidente Lula contra o Banco Central e adaptando em dúvida o compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas, a moeda americana chegou a bater R$ 5,70.

O alívio só veio depois de mudança de tom nas falas do chefe do Executivo e com o anúncio feito pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) de corte de R$ 25,9 bilhões em despesas.



FOLHA DE SÃO PAULO

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