domingo, outubro 6, 2024
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Assessor de Lula diz que eleição nos EUA não está garantida após ataque a Trump



O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, afirmou que o ataque ao ex-presidente americano Donald Trump neste final de semana não significa que tenha garantido uma vitória a ele na eleição deste ano.

Amorim viaja aos Estados Unidos nesta semana para participar de eventos acadêmicos e se reunir com Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca. A viagem ocorrerá dias depois de Trump ficar ferido após um tiroteio durante um comício no estado da Pensilvânia.

A influência do ataque na eleição americana em que o atual presidente Joe Biden está alarmado a desistir da candidatura por conta de seu estado de saúde ainda é crítica, mas apoiadores de Trump acreditam que darão um forte impulso à campanha republicana.

“É difícil neste momento avaliar o efeito que esse atentado vai ter. Não sabemos como participar todas. Não se sabe direito nem quem vai ser o candidato democrata. […] Obviamente os partidários do Trump vão tentar tirar proveito daquela foto dele ensanguentado, isso sem dúvida”, disse Amorim em entrevista à Folha de São Paulo publicada neste domingo (14).

Para Celso Amorim, ainda será preciso aguardar as próximas pesquisas de intenção de voto para apurar em como tanto a Participação como os delegados dos colégios eleitorais devem se comportar. Isso, aliás, é um complicador na visão do embaixador.

“Nenhuma pesquisa garante nada em nenhuma eleição, mas nos EUA é ainda mais difícil, porque ter mais votos não garante a vitória necessariamente”, pontuou.

O embaixador, no entanto, confirmou a posição do presidente Lula de apoiar uma vitória de Joe Biden, apesar das delicadas condições de saúde. Ele vê no democrata uma visão “mais parecida” com o governo brasileiro.

“Claro que temos identificação maior com o Biden, que inclusive defendeu a democracia no Brasil, além de ter uma política econômica e social mais parecida com a que queremos ter. Temos também algumas divergências de política externa, o que é natural”, completou.

Lula vem defendendo frequentemente a continuidade de Biden, mas afirma que ele é quem deve decidir se tem condições de seguir com a candidatura ou não. O presidente americano vem sendo criticado a mão aberta da corrida presidencial, principalmente após o debate com Trump em que se mostrou mais lento em contestação.

“Eu pessoalmente gosto do Biden, já o encontrei várias vezes. Acho que ele tem um problema, está andando mais devagar, demorando mais para responder as coisas. Mas, quem sabe das condições do Biden é o Biden”, disse Lula em uma entrevista recente.

O presidente brasileiro, que repudiou o ataque a Trump neste fim de semana, é um crítico contumaz do republicano. Ele chegou a chamá-lo de “cidadão mentiroso” e afirmou que a eleição nos Estados Unidos “a depender de quem ganha, pode melhorar ou piorar o mundo”.

“O mundo precisa ficar mais humano, solidário, fraterno, mais humanista. As pessoas são muito raivosas, muito irritadas”, pontuou.



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