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BC determina recolhimento da primeira família do Real – 16/07/2024 – Mercado


A primeira família do real segue para o mesmo destino que a antiga cédula de R$ 1 teve há 20 anos: o desaparecimento. Ó AC (Banco Central) determinado no último dia 9 de julho que todas as notas da primeira versão da moeda brasileira devem ser recolhidas pelas instituições financeiras.

As antigas notas que continuam em circulação, no entanto, continuem com seu poder de compra preservada, ressalta o BC.

Há mais de dez anos, a autoridade monetária iniciou a circulação da segunda família do real com um novo desenho para elevar a segurança, dificultando falsificações, e facilitar a interação de pessoas com deficiência visual, já que as notas passaram a ter marcas em relevo.

As cédulas pareciam visualmente mais limpas em sua frente e conservaram a efígie da República, as cores e os mesmos animais de suas versões antigas. Do lado direito, foi adicionada uma faixa com o valor da nota, e do lado esquerdo, um grafismo com figuras do habitat de cada animal.

As notas ganharam também novos itens de segurança. Se antes o principal elemento para se proteger era a marca d’água, na segunda família entrou em cena faixas holográficas, quebra-cabeças, fios de segurança, microimpressões e números escondidos.

As dimensões também mudaram. Era tudo do mesmo tamanho na primeira família. Na segunda, a de R$ 2 é a menor, a de R$ 5 é um pouco maior, e assim sucessivamente, um exemplo do euro.

Compare o design da Primeira Família e da Segunda Família do Real para a cédula de R$ 20

Cédula de R$ 20 frontal

Banco Central do Brasil/Reprodução

Compare o design da Primeira Família e da Segunda Família do Real para a cédula de R$ 50

Cédula de R$ 50 Frontal

Banco Central do Brasil/Reprodução

Cerca de 3% das cédulas em circulação atualmente são da primeira família, segundo o BC. Considerando que a segunda família está em circulação há 12 anos, a autoridade monetária indicou que as cédulas mais antigas já não estariam em condições de circulação.

“Cédulas em condições não permitidas à circulação geram dificuldades logísticas para toda a cadeia de execução dos serviços de meio circulante, notadamente nas operações de equipamentos bancários que utilizam cédulas, como caixas eletrônicas, máquinas contadoras ou selecionadas. o reconhecimento de seus elementos de segurança por parte da população”, diz.

Compare o design da Primeira Família e da Segunda Família do Real para a cédula de R$ 100

Cédula Real R$ 100 frontal

Banco Central do Brasil/Reprodução

Plano real

Há 30 anos, ou Plano Real cirurgia para frear a inflação brasileira e estabilizar a moeda.

Em junho de 1994, a inflação atingiu os patamares recordes de 47,4% ao mês e 4,922% no acumulado em 12 meses. Em julho do mesmo ano, com o início da circulação do real, caiu para 6,84% no mês. Atualmente, a meta é de 3% ao ano.

O lançamento da moeda atual, em 1º de julho daquele ano, foi a terceira e última etapa de um plano de controle da inflação que começou em maio de 1993, quando Fernando Henrique Cardoso assumiu o comando do Ministério da Fazenda.

O ritmo de degola dos ministros da Fazenda no governo Itamar Franco (1992-1994) impunha urgência. FHC era o quarto a ocupar a carga em sete meses de governo.

A cédula de R$ 1

Uma nota de R$ 1 isolada, mas não é bem assim. A Casa da Moeda parou de Produzir a cédula em 2005e tornou-se cada vez mais difícil usá-lo para fazer alguma compra, até porque os meios de pagamento digitais se tornaram mais populares.

Segundo o BC, no entanto, existem 148 milhões de notas com este valor em circulação em todo o país. Todas essas cédulas ainda podem ser usadas para fazer aquisições, mas elas parecem ter ganhado uma nova reputação.

A nota faz sucesso em leilões. Ó movimento liberal e suprapartidário Livres leiloou uma nota de R$ 1 autografada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e por membros da equipe que gestou o Plano Real pelo valor de R$ 16 mil, em agosto de 2022.

Em pesquisas em plataformas de comércio online, é possível encontrar cédulas de R$ 1 sendo vendidas por valores que partem de R$ 30.

À medida que a circulação da nota caiu, ela se tornou mais rara, e os colecionadores procuraram-la para compor o seu acervo em um mercado que movimenta milhões. A cédula também se valoriza se tiver um conjunto de elementos que podem ser considerados raros pelos colecionadores.



FOLHA DE SÃO PAULO

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