domingo, outubro 6, 2024
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Tiro contra Trump é mote da CPI da facada a Bolsonaro



O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) afirmou que a repercussão mundial do atentado ao ex-presidente americano Donald Trump pode servir de mote para um pedido de abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre a fachada sofrida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018. O objetivo seria continuar investigando se o agressor de Bolsonaro também estava sozinho, ou estava ligado a alguma organização ou partido político.

Sanderson defendeu a criação da CPI durante entrevista ao programa Assunto Capital sobre o atentado a Trump nesta semana. Clique aqui e veja a íntegra do programa.

A Polícia Federal afirmou em junho deste ano que concluiu o atual inquérito sobre a facada e disse que o agressor, Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho. O presente inquérito analisou aparelhos eletrônicos apreendidos e documentos. Em 2020, a Polícia Federal relatou outro inquérito já afirmando que Adélio Bispo não teria ajudado.

“Vimos essa questão do atentado ao presidente Donald Trump sendo tratado de forma muito séria no mundo inteiro. Todo o mundo não aceitando que o ódio, que a raiva, que a intolerância siga pautando as ações da esquerda globalista mundo afora. Isso pode ser talvez um mote suficiente para nós, no âmbito do Congresso”, disse Sanderson, que integra a Comissão de Segurança Pública da Câmara.

“Já que o Estado investigador, a polícia, o Ministério Público e o Poder Judiciário não conseguiram entregar um resultado pressionado até hoje, vamos então no âmbito do Congresso Nacional instaurar uma CPI. Para que essa CPI colha depoimentos de todo o mundo, para que essa CPI quebre sigilos de todos os envolvidos, inclusive dos advogados, e a partir daí chegaremos a um veredicto”, disse o deputado.

CPI pode responder se Adélio Bispo agiu sozinho no caso da facada a Bolsonaro

Segundo ele, o objetivo da comissão deve ser concluir se Adélio Bispo realmente agiu sozinho no caso da facada contra Bolsonaro, quem poderia ter recrutado ele para cometer o crime ou, se a conclusão para que não houve mandante, o que realmente motivou o crime.

Mas a possibilidade de abertura de novos CPIs é baixa neste ano. Ao menos oito aguardam despachos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), entre eles os crimes na Ilha de Marajó, o Crime Organizado e as distribuidoras de energia. Outras chegaram a ser sugeridas, mas não foram protocoladas, como a do Arroz e a da Secretaria de Comunicação.

As CPIs oferecem ferramentas para que os parlamentares realizem investigações aprofundadas, tenham acesso a documentos sigilosos e convoquem autoridades para prestar esclarecimentos.

Deputado quer audiência com Elon Musk na Câmara

O Congresso já está em recesso, na prática. Apenas duas semanas de votações aconteceram entre agosto e setembro, antes do processo eleitoral. Sanderson disse que a direita pode usar esse período para ao menos duas ações. Uma seria tentativa de protocolar a nova CPI, e outra audiência por videoconferência com o bilionário Elon Musk, dono da rede social X. A ideia seria pedir a ele informações sobre o caso Twitter Files. No caso, as autoridades do Judiciário pediram a censura de contas na rede social e agiram contra a liberdade de expressão no Brasil.

Sanderson disse que as manifestações de Musk sobre o caso causaram uma retração temporária do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, ao que o deputado chamou de “cruzada autoritária”. Segundo ele, depois que o bilionário deixou de dar declarações sobre o caso, Moraes voltou a tomar “decisões absurdas”.



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