domingo, outubro 6, 2024
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Padilha diz que Bolsonaro deixou “bomba fiscal” para Haddad resolver



O ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou uma “bomba fiscal” em relação à desoneração dos combustíveis – e que virou alvo de briga entre estados e a União – e que Fernando Haddad (Fazenda ) é quem teve que buscar uma solução.

Padilha saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmando que esta foi uma das medidas do compromisso que o governo tem com a responsabilidade fiscal. Na terça (16), o petista afirmou à TV Record que seria necessário resolver a necessidade de se cortar gastos, e que não enxergasse problema em se fazer um pequeno déficit nas contas públicas.

“No ano passado fez uma especulação sobre o que seria feito para resolver a bomba fiscal deixada pelo governo anterior em relação aos combustíveis, e o presidente foi firme na decisão reforçando o papel do ministro Haddad em garantir a reoneração naquele momento de forma responsável para garantir o equilíbrio das contas públicas”, disse Padilha em entrevista à CNN Brasil nesta quarta (17).

De acordo com ele, Lula tem um histórico de compromisso com as metas fiscais, e que ele reafirma o respeito ao arcabouço fiscal sempre quando surgem esses rumores.

Alexandre Padilha disse, ainda, que Lula orientou os ministros integrantes da Junta Executiva Orçamentária a fazerem o que for necessário para cumprir as regras do arcabouço fiscal. Ele terá uma reunião nesta tarde com Rui Costa (Casa Civil), Haddad, Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos).

“[Lula disse] se tiver que bloquear, tem que bloquear. Se tiver que contingenciar, tem que contingenciar para garantir o cumprimento do marco fiscal”, pontuou Padilha. O corte pode chegar a R$ 25 bilhões, segundas estimativas iniciais.

Ele ainda disse entender a preocupação das pessoas com a responsabilidade fiscal, já que Bolsonaro teria sido irresponsável e alterou o teto fiscal mais de uma vez.

Na próxima semana, Haddad deverá apresentar quais áreas terão contingenciamento de orçamento do que superar os 2,5% de crescimento do PIB. “E, no caso de [falta de] receita, é contingenciamento, porque estamos com essa questão pendente ainda do cumprimento da decisão do STF [Supremo Tribunal Federal] sobre a compensação [da desoneração da folha de pagamento]”, pontuou o ministro.



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