domingo, outubro 6, 2024
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PGR pede investigação de Allan dos Santos por suposta fake news contra jornalista



O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) para investigar Allan dos Santos por suposta participação em uma campanha coordenada de disseminação de informações falsas nas redes sociais .

De acordo com a representação, ele teria publicado uma falsa captura de tela atribuída à jornalista Juliana Dal Piva, em meados de junho, que realizou revelar o conhecimento de um plano do ministro Alexandre de Moraes, do STF, com a PF para prender o ex -presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A manifestação é favorável à instalação de investigação contra Allan dos Santos, com posterior envio dos autos à Autoridade Policial, para apurar se há uma atuação coordenada com o fim de, deliberadamente, divulgar informações falsas com o intuito de interferir no curso de investigação criminal em trâmite no Supremo Tribunal Federal”, escreveu o procurador-geral na quarta (17) na representação a que a Gazeta do Povo teve acesso.

Gonet pede, ainda, o bloqueio das contas de Santos nas redes sociais X e Instagram – nesta segunda, a página está indisponível. Na primeira, ele ainda não comentou o pedido da PGR.

Paulo Gonet Branco aceitou o pedido feito pela defesa do jornalista em que afirma que as capturas de tela “foram manipuladas” e que, mesmo sendo alertado sobre a fraude, Allan dos Santos continuou a difamar Juliana Schwartz Dal Piva. Afirma, ainda, que ele utilizou uma “campanha difamatória e misógina contra Dal Piva para arrecadar dinheiro para o Terça Livre”.

Juliana Dal Piva relatou ao STF que a suposta manipulação das telas do bate-papo teria sido confirmada pela agência de verificação “Aos Fatos”. “Estando evidenciado que o conteúdo compartilhado era uma fraude e sendo avisado pela representação desse detalhe, o representou passou a ofender a honra da representação de outras maneiras”, afirmou a defesa de Dal Piva destacando o que seria uma “campanha ilícita, caluniadora e difamatória ” com a publicação de mensagens com termos ofensivos e machistas nas redes sociais.

A defesa da jornalista também relatou que ela passou a sofrer ataques de outras pessoas nas redes sociais, numa “campanha difamatória de grandes complicações” coordenada por Allan dos Santos. Entre os envolvidos, a petição cita o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o empresário Otávio Fakhoury, investigados pelo STF por suspeita de propagar notícias falsas.

“O que demonstra uma estratégia coordenada de criação de notícias falsas contra a investigação da Polícia Federal e STF. É notável o grau de engajamento, inclusive de um deputado federal e de um empresário multimilionário, na repercussão da falsa história contra o jornalista, sem contar as centenas e centenas de comentários no mesmo sentido e que, até o momento, vêm perpetuando os graves danos causados ​​à representação”, conclui a defesa.

Com o parecer da PGR, o processo será analisado pelo relator do inquérito, o ministro Alexandre de Moraes.

Allan dos Santos é alvo de dois inquéritos no STF por suposta propagação de desinformação, e ainda um mandado de prisão preventiva e uma ordem de extradição. Atualmente, o blogueiro reside nos Estados Unidos.

Caso julgado procedente, o bloqueio das contas solicitadas pela PGR se soma a outras determinações anteriores, desde 2020, quando Santos publicou perfis suspensos nas redes sociais, mas driblou as decisões da Justiça de criar novas contas.



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