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Carro elétrico: Xiaomi investiu após sanção de Trump – 19/07/2024 – Mercado


O presidente-executivo da XiaomiLei Jun, afirmou nesta sexta-feira (19) que a decisão do governo dos Estados Unidos, presidida na época por Donald Trump, de sancionar a empresa foi o que motivou a decisão da companhia de construir seu primeiro carro elétrico. A A proteção foi aplicada em 2021 pela gestão Trump.

Mais conhecido por seus smartphones e eletrodomésticosa Xiaomi entrou no concorrido mercado de veículos elétricos da China este ano, como parte de sua estratégia para diversificar seu portfólio de produtos.

Ao participar de um evento anual em Pequim, Lei disse que a empresa começou a considerar a fabricação de um modelo elétrico após o que chamou de “um acidente” —um anúncio nos últimos dias do governo Trump de colocar a empresa chinesa em uma lista de análise dos Estados Unidos.

“Recebi uma ligação telefônica de um amigo dizendo que fomos sancionados. Foi como um raio vindo do nada”, afirmou Lei, que acrescentou que a Xiaomi convocou uma reunião de emergência da diretoria naquele dia, que deu início à sua corrida para desenvolver um carro elétrico.

“Se não fosse pelo enorme impacto das avaliações inesperadas dos EUA, não teríamos entrado precipitadamente no complexo setor automotivo”, disse Lei.

A Xiaomi contestou as avaliações de 2021 em um tribunal federal e obteve uma reversão da ação que teria restringido o investimento dos EUA em maio daquele ano. Naquela época, Lei comentou que havia lançado o desenvolvimento do que se tornou o SU7, um modelo esportivo, semelhante ao Porsche, que começa abaixo de US$ 30 mil.

A Xiaomi planeja entregar pelo menos 100 mil unidades do SU7 neste ano, com uma meta de 120 mil vendas. Isso representa um aumento significativo em relação às metas anteriores deste ano, quando a empresa inicialmente definiu que procuraria vender 76 mil veículos no primeiro ano, enquanto determinava sua capacidade de produção.

Lei lembrou que a empresa entregou mais de 25 mil veículos elétricos até o final de junho e espera atingir a meta de 100 mil unidades até novembro.

“Tenho que agradecer ao acidente de três anos atrás”, disse ele sobre as avaliações, que estimularam o esforço da empresa para diversificar devido às preocupações de que elas prejudicariam seu setor de smartphones.

O SU7 está disponível apenas na China. Lei disse que sua meta é que a Xiaomi se torne uma das cinco maiores montadas no mundo.



FOLHA DE SÃO PAULO

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