domingo, outubro 6, 2024
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Lula compara Bolsonaro ditador e defende Venezuela e Nicarágua



Ao discursar durante a cerimônia de anúncio de investimentos em obras, em São José dos Campos (SP), nesta sexta-feira (19), o presidente Lula (PT) comparou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a um ditador africano com quem evite falar durante um almoço para não ser fotografado ao lado dele.

Em seguida, Lula defendeu a relação do seu governo com as ditaduras da Venezuela e da Nicarágua comandadas, respectivamente, por Nicolás Maduro e Daniel Ortega.

“Vocês sabem que houve um período em que ninguém queria vir aqui e ninguém queria receber as pessoas lá. O Brasil ficou uma espécie de pária, que não era bem-vindo. Ó cidadão [Bolsonaro] quando chegava numa reunião, todos os presidentes iam se afastando para não cumprir. Isso acontece. Uma vez eu fui almoçar na África e tinha um presidente de um país que era chamado de ditador […] Minha assessoria colocou a minha cadeira ao lado dele. Eu não almocei e fiquei em pé para não tirar fotografia. O cidadão que estava aqui era assim, ninguém queria recebê-lo”, disse Lula.

Depois, o presidente disse que todo o mundo gosta do Brasil e o país tem que ter relacionamento com todos os países, mas deu ênfase às ditaduras comandadas por membros do Foro de São Paulo.

“Por que eu vou querer brigar com a Venezuela? Por que eu vou querer brigar com a Nicarágua? Eles que elejam os presidentes que quiserem. O que me interessa é a relação de Estado para Estado”, afirmou o petista.

Lula também citou a Argentina, país presidido por Javier Milei, que tem reiterado falas usadas na campanha eleitoral quando chamou Lula de “ladrão” e “comunista”.

No ano passado, ao defensor do regime de Maduro, na Venezuela, o presidente Lula disse que “o conceito de democracia é relativo” e que “a Venezuela tem mais eleições do que o Brasil”.

Após a fala do presidente, a Gazeta do Povo publicou um artigo citando cinco aspectos do regime venezuelano que o fazem ser caracterizado como ditadura.

Já Daniel Ortega, na Nicarágua, tem promovido perseguições e prisões contra quem é considerado inimigo do regime. Mais de cem pessoas, incluindo religiosos, como bispos, padres e freiras, já foram presas ou expulsas do país por razões políticas.



GAZETA

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