O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cobrar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), participante dos eventos do governo federal no estado. A crítica é contumaz sempre que visita as cidades paulistas para o anúncio de atos.
“O governador Tarcísio também foi convidado para vir aqui, e ele é convidado todas as vezes que eu venho a São Paulo. Ele tem a liberdade de ir ou de não ir. Eu espero que ele decida começar a mostrar para o povo que a gente pode ser adversário, que a gente pode ter disputado eleições, mas quando terminar as eleições nós temos que governar. E nós temos que governar com todo o mundo”, disse nesta sexta (19).
A cobrança foi feita durante um anúncio de investimentos nas rodovias Dutra e Rio-Santos em São José dos Campos. Foram anunciados R$ 10,75 bilhões em recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à entrega CCR.
Lula ressaltou que sempre convida prefeitos de todos os partidos para participarem dos atos, e que não diferencia a quais legendas eles pertencem. Nas declarações anteriores, chegou a dizer que acabou irritando os prefeitos do PT porque, muitas vezes, não divulgaram grandes anúncios em algumas cidades administradas pelo partido.
“Eu fiz questão de citar os prefeitos porque todas as viagens que eu faço em qualquer estado do Brasil independentemente de que partido pertence ao prefeito, de que partido pertence ao governador, eu os convido para o ato porque isso aqui é uma visita institucional e, portanto, cabem todos aqui”, pontual.
Em eventos anteriores com prefeitos e parlamentares da oposição constantemente vãoados nas cerimônias que participam, Lula critica os protestos e afirma que não é de bom tom vaiar convidado do governo.
No começo do mês, em um evento em Campinas, Lula disse que Tarcísio de Freitas não vai porque “diz que ‘o dinheiro é do BNDES, não é do Lula. Eu tomei emprestado e vou pagar’. O que ele tem que saber é que o BNDES empresta dinheiro pra governador no meu governo, porque no governo deles não emprestava um centavo”.