O senador Marcos Pontes (PL-SP) alfinetou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelas críticas que o petista costuma fazer ao empresário Elon Musk, dono da rede social X e da SpaceX, empresa privada norte-americana de exploração espacial.
“Eu acho que o presidente Lula não tem condições de conhecimento para avaliar a importância da SpaceX e do trabalho que eles fazem. Eu tenho ouvido o presidente Lula falar muito é simplesmente críticas de um lado para o outro, mas não vejo sinceramente, e infelizmente, nenhuma declaração dele um pouco mais longo que possa trazer, por exemplo, um eixo estratégico”, disse Pontes em entrevista ao Poder360 publicada nesta sexta (19).
Em meados de abril, Lula criticou Musk em meio à divulgação dos chamados “Twitter Files Brasil”, em que o empresário revelou documentos de censura a perfis e conteúdos no X.
Durante uma viagem à Amazônia, Lula atacou Musk afirmando que “tem até bilionário tentando fazer foguete, fazer viagem, pra ver se encontrar algum espaço lá fora, não tem”.
“Ele vai ter que aprender a viver aqui, vai ter que usar o muito do dinheiro que ele tem para ajudar a preservar o que tem aqui, a melhorar a vida das pessoas”, disse Lula em uma referência direta à empresa SpaceX, de Musk , que lançou no ano passado uma iniciativa para, no futuro, levar humanos ao planeta Marte.
Marcos Pontes criticou a falta de iniciativas concretas de Lula na questão aeroespacial e afirmou que “a gente precisa de gestores que tenham competência técnica e de gestão para apontar para direção correta e largar a mão de ficar criticando outras pessoas como se isso fosse convencer alguém de que algo está sendo feito. Eu não dou o menor valor a esse tipo de comentário”.
Ele ainda criticou a suspensão por Lula da Secretaria de Promoção e Popularização da Ciência, que foi criada por ele quando ocupou o cargo de ministro da Ciência e Tecnologia do governo de Jair Bolsonaro (PL). “Não podemos alterar tudo a cada 4 anos, temos que dar sequência aos projetos”, apontou.
Pontes é um entusiasta da exploração espacial e defendeu a criação de uma “SpaceX brasileira”.
“É um momento bastante interessante e de utilização mais intensa do setor privado, da participação de negócios. Isso é muito bom porque melhorou a eficiência de custos, melhorou as aplicações de espaço, gerou mais emprego”, completou.