segunda-feira, outubro 7, 2024
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Amorim relativiza violência contra mulher no Irã e é rebatido por diplomata



O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, comparou o duro tratamento comportamental dado às mulheres do Irã com a pena de morte nos Estados Unidos.

A comparação ocorreu durante uma palestra em Washington na semana passada, em que Amorim relativizou a infração dos direitos humanos das mulheres.

“Eu não concordo com a forma como as mulheres são tratadas no Irã, por exemplo, mas não concordo com a pena de morte, que ainda existe nos Estados Unidos”, disse o embaixador ao discutir a inclusão do país no G20, que tem o Brasil como presidente temporário.

A declaração de Celso Amorim gerou uma ocorrência imediata de Dan Baer, ​​ex-embaixador dos Estados Unidos na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Para ele, a comparação foi convencional.

“Traçar uma equivalência entre os Estados Unidos e a aplicação de pena de morte e o regime iraniano não é moralmente respeitável”, afirmou Baer. Ele acrescentou que essa comparação “mina a substituição moral daquelas que traçam esse tipo de equivalência”.

A repressão iraniana aos direitos humanos das mulheres já levou a várias mortes por conta das deliberações aplicadas – que são negadas pelo governo. Uma delas, a jovem Mahsa Amini, de 22 anos, morreu sob custódia por violar o código de vestimenta em 2022 com “falência múltipla de órgãos causada por hipóxia cerebral”, informou segundo a agência estatal Irna.

As mulheres iranianas são obrigadas a usar o hijab, uma espécie de véu islâmico, a partir dos 9 anos de idade, além de vestimentas que cobrem os braços e as pernas. Eles também precisam de autorização do marido para viajar ou trabalhar.

Por outro lado, a pena de morte nos Estados Unidos é autorizada em 27 estados, com outras seis em moratória devido a decisões de governadores. A principal forma de execução é a injeção letal, que envolve a aplicação de um anestésico ou sedativo, seguida de uma droga paralisante e, finalmente, uma droga que para o coração.



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