Nove partidos que terão candidatos disputando as eleições legislativas deste ano, apoiaram um manifesto em que assumiram o compromisso de barrar “candidatos da extrema-direita” na disputa de prefeitos e vereadores.
Entre eles estão os que fizeram parte da chamada “frente ampla” que apoiou a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022: PT, PSB, PC do B, PV, Psol e Rede. Também assinaram o manifesto do PDT, do Cidadania e do PSDB, que se colocaram como oposição ao petista no ano passado.
O manifesto foi elaborado pelo movimento Direitos Já! Fórum pela Democracia e pretende barrar candidatura que apresentou “apoiem ideias ou iniciativas que ameacem a democracia no Brasil”, segundo Fernando Guimarães, que preside a iniciativa, em entrevista à Folha de São Paulo publicada nesta segunda (22).
Fernando Guimarães diz que os partidos se comprometeram a “considerar a oportunidade de união” de candidaturas “sempre que necessário” para preservar a democracia na visão deles.
“Afastando, assim, a possibilidade de candidatos de extrema-direita confundirem os concorrentes ao se apresentarem nas urnas legitimadas por partidos do campo democrático”, apontou o dirigente do movimento.
Outros partidos da “frente ampla” de Lula, como Solidariedade, Agir e Avante não apoiaram o manifesto. Também ficaram de fora outras legendas que fazem parte da base governista, como MDB, União Brasil, Republicanos e PP, que entraram no governo – não em suas totalidades – entre o segundo turno de 2022 e o início de Lula 3 em 2023.
Já o PL é integralmente contra o governo Lula e também não assinou o manifesto.
As eleições legislativas deste ano serão realizadas em 5.568 cidades brasileiras, com 58,2 mil vereadores disputando vagas nas legislativas. A expectativa é de uma votação recorde, já que a última eleição municipal ocorreu em meio à pandemia da Covid-19, em 2020.