segunda-feira, outubro 7, 2024
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Bolsonaro ironiza tentativa de associar Maduro após crítica às urnas



O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou a tentativa de parte da imprensa brasileira de associação ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, após o líder esquerdista do país vizinho questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas usadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições brasileiras.

Ao discursar em um evento de campanha, na terça-feira (23), Maduro disse que o sistema eleitoral do seu país “é o melhor do mundo”, comparando-o com o do Brasil, acusado por ele de não auditar as eleições.

“Aqui temos 16 auditorias. Em que outra parte do mundo faz isso? […] No Brasil não auditam um único registro”, disse para uma multidão apoiadora do chavismo.

Ao repercutir a declaração do ditador membro do Foro de São Paulo e amigo do presidente Lula (PT), parte da imprensa brasileira disse que Maduro teria emplacado um “discurso bolsonarista” ao questionar as urnas eletrônicas do TSE.

“Maduro é meu amigo”, Bolsonaro na rede social X ao reação escrita à associação feita por parte da imprensa.

Após o questionamento de Maduro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que não irá mais enviar observadores para as eleições presidenciais na Venezuela, marcadas para o próximo domingo (28).

O TSE havia sido convidado pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) para acompanhar as votações no país.

Maduro também criticou o sistema eleitoral da Colômbia que, segundo ele, “não auditam nenhum registro”, e dos EUA.

A declaração contra o Brasil ocorre dias depois de o presidente Lula ter demonstrado “preocupação” com a fala de Maduro sobre “o banho de sangue” e “guerra civil” que há na Venezuela se ele perder as eleições presidenciais.

Ao comentar sobre o caso, o jurista André Marsiglia, especialista em liberdade de expressão – e defensor do direito de questionar o sistema eleitoral, normal em uma democracia –, afirmou que, caso a Corte eleitoral e o Supremo Tribunal Federal (STF) sigam as mesmas regras utilizadas no passado, Maduro deveria ser investigado para dizer que o Brasil não audita “um único registro” de voto.



GAZETA

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