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Haddad no G20: imposto para super-ricos é conquista moral – 25/07/2024 – Mercado


O ministro Fernando Haddad (Fazenda) comemorou nesta quinta-feira (25) a inclusão da proposta de tributação dos super-ricos nenhum comunicado do G20 e classificou a aprovação de uma declaração sobre imposto internacional como uma “conquista moral”.

O chefe da equipe econômica descobriu, recentemente, que o avanço desse tipo de proposição na agenda global tem avanço “relativamente lento”, citando o chamado pilar 1 da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), relativo à tributação de grandes multinacionaisque está em discussão há quase uma década nos fóruns mundiais.

“É uma conquista de natureza moral, antes de mais nada. Buscar justiça tributária, evitar a evasão fiscal, considerar que existem procedimentos e práticas inaceitáveis ​​num mundo com tanta desigualdade, com tantos desafios, e buscar essa injustiça se debruçando sobre um assunto que , a julgar pela manifestação de 20 países, os mais ricos do mundo, esse tema é importante, eu não penso que isso seja um pouco”, afirmou.

Haddad admitiu que houve resistência em alguns pontos por parte dos negociadores, mas disse ter ficado satisfeito com o apoio recebido pelo Brasil. Ele afirmou ainda que houve um reconhecimento de que é preciso avançar na questão tributária em todo o mundo.

“Obviamente que há preocupações e ressalvas, há preferências por outras soluções, mas ao final todos concordamos que era necessário fazer constar essa proposta, como uma proposta que merece a atenção devida e a mobilização dos organismos internacionais e do próprio G20 para que, mesmo quando o O Brasil deixa a presidência, esse tema não perca centralidade, preocupe-se na agenda econômica da tributação internacional.” A partir de dezembro, o G20 será presidido pela África do Sul.

De acordo com Haddad, o documento dedicado exclusivamente à discussão tributária O comunicado mais amplo sobre diversos aspectos da economia global será publicado simultaneamente nesta sexta-feira (26).

“Deixa-se tudo para o final, porque muitas vezes uma palavra ou outra pode romper alteração e ninguém quer divulgar um documento que possa ainda passar por uma pequena revisão de ordem técnica ou de redação”, disse.

O texto negociado não deve conter uma promessa de implementação de um sistema de tributação internacional de super-ricos. Em um tom mais brando, deve reafirmar o compromisso dos países com a promoção do “diálogo global sobre tributação justa e progressiva”, incluindo “indivíduos com patrimônio líquido ultraelevado”.

O Brasil defende uma proposta elaborada por Zucman, que prevê um imposto global de 2% sobre o patrimônio de cerca de 3 mil super-ricos —o que corresponde a US$ 250 bilhões (cerca de R$ 1,4 trilhão) de potencial de arrecadação por ano.

Durante o processo, o país precisou fazer concessões para conseguir incluir no texto uma menção, sem promessas, à chamada taxação dos super-ricos, principal bandeira do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na trilha de finanças do G20. O bloco é composto pelas 19 principais economias do mundo, a União Europeia e a União Africana.



FOLHA DE SÃO PAULO

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