terça-feira, outubro 8, 2024
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Organização venezuelana pede a Lula resposta sobre vitória de Maduro



A organização não-governamental venezuelana Provea cobrou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma resposta contundente sobre a vitória do ditador venezuelano Nicolás Maduro neste final de semana, em uma eleição com diversas suspeitas de fraude. Diferente de outros países da região como Argentina, Chile, Colômbia e Peru, o Brasil ainda não se pronunciou.

A prova diz que o “futuro de milhões de pessoas na Venezuela” depende do posicionamento de Lula, já que ele foi o principal fiador de Maduro na promessa assinada no Acordo de Barbados para que a eleição ocorrasse de forma justa e transparente – o que sinaliza não aconteceu.

“O anúncio de resultados que vai em sentido contrário ao vivido pelos venezuelanos nos centros eleitorais fundamentará a crise institucional e derivará em um cenário distinto de uma transição democrática conforme a Constituição e a plena garantia dos direitos humanos”, diz a organização em uma nota emitida minutos depois o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão ligado ao regime chavista, proclama a vitória de Maduro com 51,2% dos votos.

A Provea diz que exorta a comunidade internacional a emitir “pronunciamentos baseados no respeito à vontade popular” deste domingo (28).

“O povo venezuelano exerceu massivamente seu direito ao voto nas eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela com a esperança de que, a partir de resultados transparentes e credíveis, possa iniciar-se um processo para a cooperação da democracia”, pontua.

Entre os pedidos de oposição venezuelana está o acesso às atas das zonas eleitorais e a uma auditoria independente nos votos registrados pela CNE.

A oposição venezuelana denuncia que não teve acesso a 70% das atas, sessões foram prolongadas em áreas chavistas e relatos de intimidação em regiões opositoras foram registrados. No final do dia, a CNE foi assassinada de interrupção na transmissão dos votos em diversas zonas.

Já o silêncio de Lula contrasta com o de outros países vizinhos; da América Central, como a Costa Rica e Guatemala; e dos Estados Unidos, Espanha e Reino Unido.

Vitória contraste com pesquisas

A vitória de Maduro foi confirmada no início da madrugada desta segunda (29) pela CNE com 51,2% dos votos. O órgão, que é o responsável por organizar as eleições e é controlado pelo regime chavista, apontou que o opositor Edmundo González, da Plataforma Unitária Democrática (PUC), ficou em segundo lugar com 44,2%.

Com o resultado da eleição, Maduro conquistou mais uma reeleição e ganhou no poder por mais seis anos.

No final da votação e início da apuração, a oposição venezuelana acusou o CNE de interromper a transmissão dos resultados das urnas, e que os representantes foram impedidos de acesso como atas eleitorais. Também aponta que os fiscais foram retirados dos centros de votação.



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